O ocupante da Presidência comprovou outra vez ser muito mais do que um anão diplomático. Ele é um anão moral com complexo de gigantismo que, por incrível que parece, não pode sair pelas ruas de dois países: de Israel e do Brasil.
O nanismo, no sentido médico da palavra, é um distúrbio genético caracterizado por um crescimento corporal anormalmente baixo em relação à média da população. Há, no entanto, uma dimensão simbólica na figura do anão. “O Anão”, romance do escritor sueco Pär Lagerkvist, agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1951, retrata a corte do príncipe Lorenzo de Médici, na época de Renascimento, sob o ponto de vista de Picolino, um anão da corte que possui uma inteligência poderosa e um grande poder de observação sobre as intrigas, traições e crimes do seu tempo. Na história da Branca de Neve, popularizada pelos irmãos Grimm no início do século XIX, os sete anões podem ser vistos como representações simbólicas tanto das sete virtudes cristãs (humildade, generosidade, castidade, paciência, temperança, caridade, diligência) quanto dos sete pecados capitais (soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça). A baixa estatura dos anões significa que os pecados e vícios dos anões não cresceram em suas almas; o bem que eles fazem significa que as suas virtudes foram ampliadas por meio da comunhão de propósitos. Por isso todas as crianças amam os sete anões.
Mas existem casos em que a figura do anão possui um sentido inequívoco associado ao mal. Em 2014, há exatos dez anos, o governo Dilma criticou a reação de Israel aos atos de terrorismo do Hamas. Para completar, a presidente petista chamou de volta ao Brasil o embaixador brasileiro em Tel Aviv, em um claro gesto de hostilidade à nação israelense. Na época, o porta-voz da chancelaria de Israel, Yigal Palmor, reagiu vigorosamente: “A decisão do governo brasileiro não reflete o nível de relação entre os países e ignora o direito de Israel defender-se. É uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”.
Desde aquele episódio, a expressão anão diplomático passou a ser utilizada para definir a política externa do PT e da esquerda brasileira como um todo. O tempo passou, mas a esquerda não esqueceu aquela dura humilhação internacional. Como eu sempre digo: comunista não perdoa jamais. Agora, uma década depois, Lula resolveu voltar ao seu antigo papel de amigo de ditadores e justificador de terroristas. Mas, de caso pensado, aumentou a profundidade e a gravidade da ofensa, ao relacionar as reações de Israel ao extermínio dos judeus por Hitler.
Com sua fala rancorosa, porém claríssima, Lula comprovou outra vez ser muito mais do que um anão diplomático. O ocupante da Presidência da República é um anão moral com complexo de gigantismo. Só uma alma pequena seria capaz de ofender a memória de 6 milhões de judeus exterminados por Hitler comparando o Holocausto a uma reação legítima contra o maior matança de judeus… desde o Holocausto. Só uma consciência moral diminuta pode omitir que o Hamas utiliza a população civil de Gaza como escudo humano em hospitais, escolas e zonas residenciais. Só o possuidor de um nanocaráter poderia expor toda a população de seu país à vergonha e à chacota internacional. Só um micróbio moral pode transformar um serviço diplomático com tradição de neutralidade e diálogo em uma espécie de valhacouto de jagunços da China e da Rússia.
O nanismo de Lula é um distúrbio moral, uma doença do espírito e da inteligência cujo principal sintoma é a inversão da realidade. Persona non grata para milhões de brasileiros, alçado ao poder por meio de um golpe revolucionário, o anão moral deve ser impedido, por meios legítimos e pacíficos, de prosseguir com sua estupidez gigantesca.
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Por: Paulo Briguet, escritor e editor-chefe do BSM.