
Foto: ELVIS GONZÁLEZ/EFE/EPA/WILL OLIVER
Em mais um episódio do atrito comercial e político com os EUA, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que irá taxar as grandes empresas de tecnologia – as big techs – em retaliação ao tarifaço de Donald Trump. Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo veem mais uma demonstração da fome arrecadatória do governo, travestida de uma narrativa de soberania.
“A proposta do governo de taxar as big techs vem travestida de soberania digital, mas, no fundo, revela mais uma tentativa de aumentar a arrecadação por meio de retórica ideológica. É curioso que se fale em equilíbrio competitivo enquanto o próprio Estado ignora os gargalos estruturais que afastam empresas do Brasil”, afirma o especialista em Direito Digital, Inteligência Artificial e Cibersegurança, Alexander Coelho.
O discurso coincide com um momento de deterioração nas contas públicas. Nos 29 meses do governo de Lula até maio, houve déficit em 23 deles, segundo dados do Banco Central (BC). Como reflexo, o endividamento público saltou de 71,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro de 2022 para 76,1% em maio deste ano.
Segundo o advogado constitucionalista e especialista em liberdade de expressão André Marsiglia, as declarações de Lula nem sequer foram feitas com base em modelos de legislação, de cobrança, de taxação internacional ou com conhecimento de causa, não passando de um discurso meramente político e oportunista.
Fonte: Gazeta do Povo
Fonte: Diário Do Brasil