MARCELO CAMARGO/ AGÊNCIA BRASIL

Assassinato de ex-delegado em SP expõe avanço do PCC e críticas a medidas antipunitivistas do governo e do STF.

O assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, na segunda-feira (15), em Praia Grande (SP), expôs novamente a falta de controle do Estado sobre facções criminosas e a fragilidade da proteção a quem trabalha para combatê-las. O episódio é mais uma demonstração de força do PCC (Primeiro Comando da Capital), cuja influência sobre a política e a economia do Brasil é cada vez mais ostensiva.

Para especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, a raiz da ousadia das facções como o PCC é o baixo custo do crime no país, favorecido tanto por medidas do governo federal quanto por decisões do Poder Judiciário. A combinação de progressões de regime, audiências de custódia que revisam rapidamente prisões em flagrante e a ampla aplicação de regimes aberto e domiciliar enfraquece o efeito de dissuasão das penas e facilita a recomposição de quadros pelas organizações criminosas.

Sinalizações recentes do governo Lula, tanto no discurso quanto em ações práticas, tendem a agravar esse quadro, afirmam os especialistas. O viés favorável a medidas antipunitivistas, como o desencarceramento em massa, é a principal delas.

FONTE: GAZETA DO POVO

Fonte: Diário Do Brasil

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Mão frouxa com facções criminosas marca governo Lula em discurso e ações