
Foto: José Dias/PR
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram o conteúdo do relatório da Polícia Federal (PF) usado para indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação na ação do suposto golpe.
A Oeste, em caráter reservado, um membro da Corte observou que a PF inseriu no documento conversas pessoais, sobretudo entre pai e filho, “elementos desnecessários que não eram objeto do inquérito”.
Outro integrante do Tribunal declarou à coluna que, em virtude desse ato da PF, a impressão que fica é a de tentativa de criação de um “fato político” para desgastar imagens, “o que não é bom para qualquer investigação”.
Os diálogos foram extraídos de um celular de Bolsonaro, apreendido pela PF durante uma operação na casa do ex-presidente. Além de trocas de mensagens entre Bolsonaro e Eduardo, a PF anexou conversas com o pastor Silas Malafaia.
Bolsonaro, Eduardo e Malafaia
Ao indiciar pai e filho, a PF apresentou alguns argumentos.
“Em 9/7/2025, o governo americano anunciou oficialmente a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil”, disse a PF. “Logo em seguida, o parlamentar licenciado publicou em rede social a leitura de uma nota pública assinada por ele intitulada: ‘Uma hora a conta chega’, em que admite o vínculo direto com a sanção imposta pelo governo norte-americano.”
Conforme o relatório da PF, Eduardo, que é filho do ex-presidente da República, seria uma espécie de “operador internacional”, articulando sanções e propaganda no exterior.
Já Bolsonaro, segundo a corporação, atuaria como financiador e beneficiário direto, participando das decisões e “narrativas” para pressionar o Judiciário.
Fonte: Revista Oeste/No ponto
Fonte: Diário Do Brasil