O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), planeja entrar com uma representação na Justiça Eleitoral para denunciar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) por propaganda política antecipada. A peça será protocolada nesta quinta-feira, 2 de maio.
Em um evento em comemoração ao Dia do Trabalhador, o presidente Lula fez um pedido explícito de votos para Boulos, que é pré-candidato à prefeitura, violando a legislação eleitoral que proíbe tal prática antes do dia 15 de agosto. O MDB argumentará que Boulos foi beneficiado com essa manifestação pública de um presidente da República em um evento patrocinado por centrais sindicais, e também solicitará a abertura de um inquérito para investigar qualquer uso de verbas públicas no evento.
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Além disso, a legislação eleitoral proíbe doações de sindicatos a candidatos. Após as declarações de Lula, outros políticos, como o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, classificaram o ato como um “crime eleitoral”.
Segundo a lei das eleições, é permitido fazer pré-campanha eleitoral, mas explicitamente pedir votos para um eventual candidato é proibido. Lula elogiou Boulos durante o evento e posteriormente pediu votos ao pré-candidato do PSOL, o que configura uma violação dessa norma.