Ricardo Stuckert

Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), se encontram nesta tarde com o presidente Lula (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), para levar o convite para a cerimônia de sua posse na presidência do Supremo, no próximo dia 29.

O que aconteceu

Fachin assumirá o comando da corte pelos próximos dois anos, com Moraes de vice. O encontro ocorre três dias após a filha de Fachin ser alvo de xingamentos e agressões dentro do campus da UPFR (Universidade Federal do Paraná), em Curitiba, onde ela é professora. É comum os ministros que vão chefiar o Supremo levarem o convite pessoalmente para o presidente da República e seu vice.

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O convite costuma ser entregue com mais antecedência, mas o julgamento de Bolsonaro ajudou a adiar. Tanto membros do STF quanto do Planalto disseram avaliar que um encontro entre eles antes ou durante as sessões do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pegaria bem.

O encontro será restrito. Eles serão recebidos no gabinete, sem registro de imagens ou acompanhamento de imprensa, “como de praxe”, segundo o Planalto.

De perfil discreto, Fachin deve impor um outro estilo ao tribunal. Como mostrou o UOL, a expectativa é que o ministro dê menos entrevistas e declarações e retome o protagonismo do plenário do STF, que nos últimos anos perdeu espaço para as turmas do tribunal, responsáveis por analisar as ações penais dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

STF mantém segurança reforçada até a posse. A corte está com efetivo extra de mais de 30 agentes de polícia judicial que vieram emprestados de outros tribunais do país para reforçar a segurança durante o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. Grupo seguirá dedicado à segurança do STF até na cerimônia de posse, que deve reunir autoridades dos três Poderes.

Enquanto isso, Congresso discute anistia. O contato entre os ministros e o presidente ocorre em meio às articulações do Congresso pela anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula já se manifestou contrário à proposta em encontro recente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O STF também se posicionou pela inconstitucionalidade de anistia a crimes contra o Estado de Direito, como tentativa de golpe.

Fonte: UOL

Fonte: Diário Do Brasil

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O presidente Lula se encontrou com o ministro do STF, Alexandre de Moraes.