
REPRODUÇÃO METRÓPOLES
O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), viveu nesta semana um dos momentos mais humilhantes de sua trajetória política. Após meses de articulação nos bastidores, lobby discreto com ministros do STF e até acenos públicos de alinhamento ao governo Lula, o senador mineiro ouviu do próprio presidente da República, em reunião no Palácio da Alvorada, que sua sonhada vaga no Supremo Tribunal Federal estava definitivamente descartada. A escolha recaiu sobre Jorge Messias, um nome de confiança do PT e sem o mesmo trânsito que Pacheco acreditava ter construído no Congresso e no Judiciário. O que era tratado como “quase certo” por aliados do senador evaporou em minutos, revelando a fragilidade de sua influência real no Planalto.
A reação de Pacheco foi anunciar, ainda no mesmo encontro, que pretende abandonar a política ao fim do mandato em 2027 — uma decisão que soa mais como desistência do que como estratégia. Longe de projetar força ou renovação, o gesto expõe o esgotamento de um político que, apesar de ocupar a terceira maior cadeira do país, não conseguiu converter o cargo em capital político suficiente para garantir nem mesmo uma indicação ao STF. Isolado no próprio partido em Minas Gerais, preterido pelo governo que ajudou a blindar em diversas ocasiões e agora sem perspectiva de futuro relevante na vida pública, Rodrigo Pacheco encarna o ocaso de uma liderança que prometeu muito, entregou pouco e termina melancolicamente reconhecendo que o jogo acabou antes mesmo do apito final.
COM INFORMAÇÕES DE @DIARIO360
Fonte: Diário Do Brasil
