Foto: Reprodução/Redes sociais

Defendido pelo deputado federal João Daniel, do PT, o palestino Muslim M. A. Abuumar Rajaa, de 37 anos, barrado em 21 de junho pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) por suspeita de integrar o Hamas, aparece com o nome “Muslim Imran” em uma lista de seis porta-vozes do grupo terrorista recomendados pelo canal “Hamas Online”.

“Caros jornalistas e produtores de entrevistas,

Em anexo estão os nomes daqueles que podem falar em nome do Hamas em inglês:

(…) a.Muslim Imran
0060172445628”.

Foto: Divulgação

Nota de federação palestina confirma identidade do palestino defendido pelo PT
Embora o sobrenome Imran não tenha aparecido em matérias da imprensa brasileira sobre o caso, a FEPAL (Federação Árabe Palestina no Brasil) deixou escapar a identidade de “Muslim Imran Abu Umar” ao atacar como “ilegal”, em nota de 24 de junho, a decisão da Justiça Federal de repatriá-lo.

“Em suas mendicantes, indigentes e inúteis oito páginas, este arrazoado faz uma só menção a Muslim Imran Abu Umar, apontado como presidente da organização ‘Cultura Palestina na Malásia’ (PCOM), que seria um ‘braço executivo do Hamas na Malásia’.”

De acordo com autoridades israelenses ouvidas por O Antagonista, operadores menos conhecidos do Hamas utilizam sobrenomes diferentes conforme a conveniência, para evitar sua identificação em páginas da internet.

O que diz o porta-voz brasileiro das Forças de Defesa de Israel sobre o palestino defendido pelo PT?
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, Rafael Rozenszajn, divulgou um vídeo nesta terça-feira, 25 de junho, confirmando a conexão entre Muslim Imran e o Hamas, bem como o risco da infiltração do terror em outros países:

“Um dos representantes do Hamas é o próprio Muslim Imran, um cidadão palestino residente na Malásia. No dia 17 de outubro, dez dias depois do massacre, foi listado pelo Hamas numa publicação nas redes sociais do grupo terrorista como um contato oficial que pode falar com jornalistas e dar entrevistas em nome do grupo terrorista. Imran acompanhou líderes do Hamas em reuniões de alto escalão e escreveu editoriais em meios de comunicação locais sobre o seu apoio às Brigadas Qassam, a ala militar do Hamas.

Nós falamos desde o primeiro dia dessa guerra: os grupos terroristas não são uma ameaça somente a Israel, mas ao mundo todo. Não podemos deixar que essa ameaça entre no Brasil. Hamas é um grupo terrorista e sua capacidade militar precisa ser desmantelada. Esse é o nosso objetivo nessa guerra.”

O palestino defendido pelo PT integrou a delegação do Hamas na Malásia?
Em foto de 2019, Muslim Imran (terceiro a partir da direita) aparece acompanhando os líderes seniores do Hamas Khalid Mishaal (terceiro a partir da esquerda) e Izzat al-Rasheq (quarto a partir da esquerda), em reunião da delegação do grupo terrorista com o então primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohammed (segundo a partir da esquerda), em Putrajaya, capital administrativa do país, situada 25 km ao sul de Kuala Lumpur.

Em coletiva ocorrida após o encontro e registrada pela imprensa local, Khalid Mashal descreveu Mahathir como um dos líderes mais proeminentes da nação muçulmana e manifestou esperança de ver um papel maior da Malásia contra ações de Israel na Faixa de Gaza, enquanto o então premiê, alinhado às narrativas do Hamas, afirmou que “a agressão de Israel contra a Palestina é a principal causa do terrorismo no Oriente Médio” e acusou os sionistas de “praticar o terrorismo de Estado”.

Qual foi a decisão da Justiça Federal sobre o palestino defendido pelo PT?
Ao decidir pela repatriação de Muslim Imran, a juíza plantonista Milenna Marjorie Fonseca da Cunha, da 5.ª Vara Federal de Guarulhos, considerou que as informações prestadas pela Polícia Federal têm “fundamentação legal”.

De acordo com a corporação, o nome do palestino integra a lista do FBI, constando em um sistema internacional de pessoas envolvidas com o terrorismo. O Ministério Público Federal também se manifestou a favor da repatriação.

Segundo a juíza, não há nos autos elementos para concluir que a retenção tenha sido motivada por xenofobia ou discriminação religiosa. A magistrada citou informações enviadas pela PF sobre a relação de Muslim Imran com o Hamas, incluindo a menção de seu nome como representante do grupo terrorista – o que, agora, fica ainda mais claro.

Qual era o objetivo do palestino defendido pelo PT no Brasil?
Ele chegou ao Brasil na sexta-feira, 21, acompanhado da mulher, grávida de 7 meses, além de um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos. O palestino e a família iniciaram a viagem na Malásia e chegaram a São Paulo em um voo da Qatar Airways que partiu de Doha, capital do Catar.

A suspeita é que Muslim Imran tenha feito a viagem para que a mulher tivesse o filho no Brasil e assim garantir a permanência dos familiares no país. Esse seria um modus operandi de membros de grupo terrorista, segundo a PF.

Deputado do PT sai em defesa do palestino
O deputado federal João Daniel, do PT, enviou um ofício ao Ministério da Justiça e ao Ministério das Relações Exteriores pedindo explicações sobre a retenção do palestino no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

“Segundo informações extraoficiais, a razão para essa inadmissão está relacionada a alegações de que o cidadão palestino teria ligações com grupos terroristas. No entanto, até o momento, não foram apresentadas provas, documentos ou ofícios que confirmem tais alegações”, afirmou o petista no ofício.

João Daniel é o deputado que se reuniu, em maio deste ano, com Basem Naim, membro da ala política e porta-voz do Hamas, e com José Marcos “Sayid” Tenório, o extremista que debochou de uma refém do grupo terrorista. O encontro também foi registrado em foto.

Fonte: O antagonista

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Palestino defendido pelo PT consta em lista de porta-vozes do Hamas