A votação pela cassação ou arquivamento da denúncia de quebra de decoro contra a vereadora Daniela D’Avila (PL) não será na próxima sessão ordinária, segunda-feira (30). A plenária poderá decidir sobre o futuro da parlamentar em uma sessão extraordinária ou até o dia 9 de dezembro.

Nesta sexta-feira (27), o vereador Mário Coraíni Júnior (PTB) decidiu novamente pelo arquivamento da CP (Comissão Processante) em seu parecer. Além do parlamentar, a CP é composta pelos vereadores João do Bar (PP) e José Carlos Albuquerque (PSDB).

O vereador João do Bar também acompanhou o voto de Coraíni pelo arquivamento. O entendimento de Albuquerque é contrário e identifica quebra de decoro na postura adotada pela Professora Daniela, sendo enquadrada como tráfico de influência.

Apesar da divergência entre os relatores, é de responsabilidade do plenário do Legislativo a votação do pedido de cassação da vereadora. A demanda não entrou na próxima pauta porque os assuntos deliberados para a sessão ordinária são decididos sempre às quintas-feiras.

O presidente da Câmara Municipal, Marcos Rezende (PSD), declarou que receberá oficialmente o despacho da CP apenas na segunda-feira (30).

“É um assunto de extrema urgência e vamos encaminhar com celeridade e responsabilidade. Se não deliberarmos até o dia 9, eu como presidente da Câmara Municipal vou incorrer em prevaricação”, esclareceu Marcos Rezende.  

O caso

O imbróglio é sobre a denúncia de um policial militar, o sargento Alan Fabrício Ferreira, afastado provisoriamente de sua função pela tenente-coronel Márcia Cristina Cristal Gomes, após guinchar o carro de um familiar da vereadora na noite do dia 16 de agosto.

Após um áudio vazado da ligação entre os policiais, o assunto tomou proporção nacional e ocasionou o pedido de CP contra a vereadora Professora Daniela na Câmara.

Semanas após a polêmica, o sargento Alan Fabrício Ferreira foi incorporado novamente em sua função. A tenente-coronel Cristal acaba de ser nomeada chefe de estado-maior do CPI-4 (Comando de Policiamento do Interior-4), em Bauru.

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Pedido de cassação da professora  Daniela deve ser votado até o dia 9
Professora Daniela é acusada de quebra de decoro em caso da carteirada