O senador e pré-candidato à Presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi baleado durante um evento de campanha no bairro de Fontibón, em Bogotá, na noite de sábado (7). Membro do partido de oposição Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe – com quem não tem parentesco –, ele foi atingido por dois tiros, um na cabeça e outro no joelho, e está internado em estado crítico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Fundação Santa Fé. Um adolescente de 15 anos, portando uma pistola Glock 9mm, foi detido como suspeito do ataque, que o presidente Gustavo Petro classificou como um atentado à democracia.
Miguel Uribe é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada em 1991 pelo Cartel de Medellín, liderado por Pablo Escobar. A morte de sua mãe, baleada durante uma operação de resgate, marcou a família e inspirou Uribe a entrar para a política, segundo ele próprio, que a homenageou como sua maior inspiração nas redes sociais. Advogado formado pela Universidade de los Andes, com mestrado em Administração Pública em Harvard, Uribe é senador desde 2022, tendo sido o mais votado do país, e é um crítico ferrenho do governo de Petro, especialmente de sua proposta de consulta popular por decreto.
O governo colombiano, por meio de nota, condenou veementemente o ataque, reforçando o compromisso com a proteção de líderes políticos. Petro, em pronunciamento, lamentou o ocorrido, expressando solidariedade à família Uribe e Turbay, e prometeu investigações para identificar os mandantes do crime. O prefeito de Bogotá, Carlos Galán, informou que Uribe passou por uma cirurgia bem-sucedida, mas enfrenta horas críticas de recuperação. Apoiadores do senador organizaram vigílias em frente ao hospital, enquanto países como Brasil, Estados Unidos e Uruguai condenaram o atentado, que reacende o debate sobre a violência política na Colômbia às vésperas das eleições de 2026.
Fonte: R7
Fonte Diário do Brasil
