O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, causou polêmica ao anunciar que pretende proteger o autor de uma tentativa de assassinato contra o senador e pré-candidato presidencial Miguel Uribe Turbay, justificando que o responsável é um menor de 15 anos. O ataque ocorreu no bairro Modelia, em Bogotá, onde Uribe foi baleado duas vezes na cabeça e uma no joelho durante um comício, ficando em estado crítico. Petro defendeu que o jovem, detido com uma pistola Glock 9mm, seja tratado conforme as leis de proteção à infância e adolescência, com acompanhamento social e psicológico, em vez de punições severas. A declaração gerou críticas da oposição, que vê a postura como uma tentativa de abafar as implicações políticas do caso.
Lideranças oposicionistas, como o ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, fundador do partido Centro Democrático, ao qual Miguel Uribe é filiado, condenaram a atitude de Petro, classificando-a como uma afronta à justiça. Álvaro Uribe, sem parentesco com a vítima, descreveu o atentado como “um ataque contra uma esperança para a pátria”. O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, anunciou uma recompensa de cerca de US$ 725 mil por informações sobre os responsáveis, enquanto o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, confirmou a prisão do menor. O caso intensificou a polarização na Colômbia, alimentando debates sobre o tratamento de menores em crimes graves e as tensões políticas entre o governo de Petro e seus adversários.
Por : Júnior Melo
Fonte Diário do Brasil
