O Ministério Público Federal (MPF) agendou para o dia 21 de setembro uma acareação entre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o empresário Paulo Marinho. Ela deve ser conduzida pelo procurador da República Eduardo Benones.
A acareação (reunião para confrontar versões) faz parte da investigação sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça, realizada no final de 2018. Marinho, que era aliado e é suplente de Flávio Bolsonaro, afirma que um delegado da Polícia Federal antecipou ao então deputado estadual do Rio de Janeiro que a operação seria realizada. Flávio Bolsonaro nega.
Durante essa operação foi detectada movimentação suspeita de dinheiro por Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, e começou a investigação sobre a suposta “rachadinha” – devolução do dinheiro de salários no gabinete de Flávio. Queiroz cumpre prisão domiciliar por conta dessa investigação.
Em nota divulgada na noite desta terça-feira, 18, a defesa de Flávio Bolsonaro informou que até então não havia sido intimada sobre o agendamento da acareação. A defesa também ressaltou que os parlamentares federais, como o senador, têm a prerrogativa legal de ajustar dia e hora da realização de depoimentos, conforme sua conveniência.