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O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, instruiu embaixadas a considerar a obesidade e condições médicas crônicas como fatores para negar vistos a estrangeiros, segundo trechos de um memorando obtidos pelo Politico.
A orientação faz parte de uma interpretação rigorosa da regra de “encargo público”, que impede a entrada de imigrantes considerados propensos a depender de assistência governamental, como o Supplemental Security Income e o programa de Assistência Temporária para Famílias Necessitadas.
“A autossuficiência tem sido um princípio de longa data da política de imigração dos EUA, e a base de inadmissibilidade por encargo público faz parte de nossa lei de imigração há mais de 100 anos”, afirma o comunicado, datado de 6 de novembro.
O memorando afirma que a obesidade aumenta o risco de pressão alta, problemas respiratórios, cálculos biliares e doenças da vesícula biliar, todas condições que podem exigir “cuidados caros e de longo prazo”, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Além da obesidade, os oficiais de vistos devem avaliar se o solicitante tem dependentes com “deficiências, condições médicas crônicas ou outras necessidades especiais” que possam impedir o trabalho.
A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, afirmou que a medida visa concentrar os gastos federais nos cidadãos americanos.
“O governo do presidente [Donald] Trump está finalmente aplicando totalmente essa política e colocando os americanos em primeiro lugar”, disse.
O governo Trump busca reduzir tanto a imigração legal quanto a ilegal, com meta de 1 milhão de deportações anuais, apoiada por recursos do projeto de lei “One Big Beautiful Bill Act” para fortalecer o ICE, órgão de imigração e alfândega.
Com informações de O Antagonista
