Reprodução/ CNN Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quarta-feira (6), o major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Cláudio Mendes dos Santos, a 17 anos e seis meses de prisão por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Apontado como um dos líderes do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, o militar foi responsabilizado por crimes como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada e dano qualificado contra o patrimônio público. A decisão, que ainda permite recursos da defesa, também impôs ao réu o pagamento de 100 dias-multa, equivalente a mais de R$ 47 mil.

De acordo com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, Cláudio Mendes dos Santos teve atuação ativa na organização do movimento antidemocrático, utilizando um carro de som para incitar apoiadores no acampamento e convocar ações contra o governo eleito. Apesar de negar sua presença em Brasília no dia do ataque, o major confirmou em depoimento sua participação no local, o que reforçou as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR). A denúncia destacou que ele usava sua patente para influenciar o grupo, pedindo até cumplicidade de policiais contra a repressão aos atos golpistas.

Além da pena de prisão, o STF determinou que o major contribua para uma indenização coletiva de R$ 30 milhões, a ser dividida entre os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, por danos morais coletivos. A condenação foi aprovada por maioria, com votos de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, enquanto Luiz Fux divergiu, sugerindo uma pena menor de 11 anos. A ministra Cármen Lúcia não participou da votação. A defesa de Cláudio ainda não se manifestou, mas a possibilidade de recurso mantém o caso em aberto.

Fonte: CNN Brasil

Fonte: Diário Do Brasil

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STF condena major da PMDF a 17 anos por liderança em acampamento de 8 de janeiro