Reprodução/ Band Jornalismo Instagram

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enfrenta pressão de seus pares para reconsiderar a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo a colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM. Em sua análise na manhã desta quarta-feira (6), Bergamo destacou que a decisão de Moraes, tomada na segunda-feira (4), gerou intenso desconforto entre os ministros da Corte. A principal crítica recai sobre a falta de comunicação prévia aos demais magistrados, uma falha de procedimento considerada incomum no STF. A medida, que intensifica restrições a Bolsonaro por descumprimento de ordens judiciais, como o uso de redes sociais por terceiros, foi motivada por uma fala do ex-presidente em manifestação em Copacabana, transmitida por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.

A decisão de Moraes, que atua como relator da ação penal que investiga Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, coloca os outros ministros da Primeira Turma do STF em uma posição delicada. Conforme apurado por Bergamo, embora os magistrados não sejam meros “batedores de carimbo”, a confirmação da prisão domiciliar depende da Primeira Turma, o que pode exacerbar tensões internas. A falta de consenso prévio e a percepção de que a medida é juridicamente frágil e politicamente custosa têm alimentado críticas, especialmente em um momento de ataques externos, como os do presidente americano Donald Trump contra o STF. A situação é agravada pelo fato de que a Corte vinha recebendo apoio de setores da sociedade antes da decisão, mas agora enfrenta questionamentos de empresários, imprensa e analistas.

Nos bastidores, há expectativa de que Moraes possa rever sua decisão, embora ele seja conhecido por raramente recuar. A defesa de Bolsonaro já apresentou recurso para reverter a prisão domiciliar, e alguns ministros acreditam que a Primeira Turma poderia, em um cenário menos provável, derrubar a medida. A jornalista Mônica Bergamo destacou que a pressão interna sobre Moraes cresceu, com o ministro demonstrando irritação com vazamentos sobre o descontentamento na Corte. O julgamento de Bolsonaro, previsto para setembro ou outubro, pode culminar em sua condenação, o que torna a prisão domiciliar um mês antes do julgamento uma decisão controversa. A situação evidencia a tensão entre a defesa da ordem judicial e o impacto político de medidas extremas, em um contexto de polarização e crise institucional no Brasil.

Fonte: Band Jornalismo

Fonte: Diário Do Brasil

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STF: Moraes Sob Pressão para Reverter Prisão Domiciliar de Bolsonaro, Revela Mônica Bergamo