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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista no Salão Oval da Casa Branca, nesta terça-feira (10/6), que, se houver uma insurreição em Los Angeles, ele declarará uma intervenção militar na cidade.

“Se houver uma insurreição, eu certamente a invocarei, veremos. Mas posso dizer que a noite passada foi terrível, e a noite anterior foi terrível”, disse Trump.

Ao ser questionado sobre como ele determinará a “insurreição”, Trump afirmou que “em certas áreas de Los Angeles, ontem à noite, você poderia ter chamado de insurreição, foi terrível. Mas esses são insurgentes pagos. Esses são encrenqueiros pagos. Eles recebem dinheiro”, disse Trump.

Apesar do presidente e de seus aliados estarem insinuando repetidamente que poderiam invocar a Lei da Insurreição, os advogados do governo têm trabalhado para elaborar uma maneira muito menos conflituosa de proteger a capacidade do governo federal de executar a fiscalização da imigração.

O que está acontecendo na Califórnia
Manifestações começaram na sexta-feira (6/6) em Los Angeles e cidades próximas, em resposta à intensificação das ações da política anti-imigração promovidas pelo governo federal.
Os protestos resultaram em confrontos com as forças de segurança. Houve episódios de violência e dezenas de pessoas foram detidas durante os atos.
No mesmo dia do início dos protestos, ao menos 44 pessoas foram presas por agentes federais de imigração, aumentando a tensão na região.
As prisões fazem parte de uma campanha nacional de repressão à imigração irregular, promovida pelo ex-presidente Donald Trump, com batidas e deportações em diversos estados.
Trump ordenou o envio de 4,1 mil soldados da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais à cidade, sem o aval do governador da Califórnia, Gavin Newsom.
A medida foi contestada por Newsom, que a classificou como inconstitucional e afirmou que o estado tem capacidade de lidar com os protestos sem ajuda externa. E entrou com uma ação judicial contra o presidente Donald Trump nessa segunda-feira (9/6), contestando a legalidade do envio de dois mil soldados da Guarda Nacional estadual para Los Angeles.
Essa é a primeira vez desde 1965 que um presidente dos EUA envia tropas da Guarda Nacional a um estado sem a solicitação ou consentimento do governador.


Permanência das forças federais
Donald Trump disse que a Guarda Nacional estará na área de Los Angeles “até que não haja mais perigo”.

“É fácil. Vejam, é bom-senso. Quando não houver perigo, eles vão embora. Teria havido uma situação horrível se eu não os tivesse enviado. Horrível. Vocês estariam noticiando muita morte e muita destruição que não vão acontecer”, disse Trump.

Já a prefeita de LA, Karen Bass, afirmou que não consegue entender o que os fuzileiros navais enviados por Trump farão na cidade.

“As pessoas me perguntam: ‘O que os fuzileiros navais vão fazer quando chegarem aqui?’ Essa é uma boa pergunta. Não tenho ideia”, disse Bass.

Donald Trump ordenou o envio de 4,1 mil soldados da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais à cidade, sem o aval do governador da Califórnia, Gavin Newsom, e da prefeita.

Karen Bass disse que “fará uma ligação” a Trump nesta terça, uma vez que as tropas da Guarda Nacional permanecem na cidade.

“Quero dizer a ele para parar com os ataques. Quero dizer a ele que esta é uma cidade de imigrantes. Quero dizer a ele que, se você quer devastar a economia da cidade de Los Angeles, então ataque a população imigrante”, disse Bass.

O que a prefeita destaca é que os protestos estão sendo reduzidos e que tem conhecimento de apenas um comício que pode acontecer hoje, mas mesmo assim continuam chegando agentes de segurança enviados pelo presidente.

Fonte: Metrópoles

Fonte Diário do Brasil

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Trump ameaça LA de intervenção militar, no caso de ‘insurreição’