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Relatórios com pedidos de sanção ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegaram à mesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Depois de rodarem por gabinetes em Washington, os documentos foram discutidos na semana passada em reunião na Casa Branca.
De acordo com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Trump assumiu pessoalmente o comando da interlocução com o Brasil. Antes, esse papel era exercido pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que chegou a ameaçar Moraes com sanções por sua atuação no inquérito do 8 de Janeiro e da suposta tentativa de golpe.
Trump e sua equipe avaliam duas medidas: a aplicação de sanções com base na Lei Magnitsky ou na International Emergency Economic Powers Act (Ieepa). Esta última permite restrições contra pessoas ou entidades estrangeiras que, segundo os EUA, prejudiquem sua economia.
Já a Lei Magnitsky se destina a acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. Integrantes do governo norte-americano afirmam que a adoção de sanções via Ieepa ocorre de forma mais rápida.
As punições, nos dois casos, passam pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), vinculado ao Departamento do Tesouro dos EUA. O órgão é responsável por sanções contra ameaças à segurança nacional, política externa ou economia americana.
Moraes é alvo por censura às redes sociais
Moraes entrou no radar da Casa Branca por decisões no STF que aplicaram censura a redes sociais, como o X. Nesta segunda-feira, 7, Trump acusou o Judiciário brasileiro de perseguir Bolsonaro.
Em publicação na rede Truth Social, o presidente norte-americano falou que ocorre uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, seus familiares e aliados.
A declaração provocou reação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Embora sem mencionar Trump, o petista também usou suas redes sociais para afirmar que o Brasil é um país soberano que não aceita “interferência ou tutela de quem quer que seja”.
Autoexilado nos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro afirmou, no seu perfil no X, que a declaração pública de Trump “não será a única novidade vinda dos EUA neste próximo tempo”.
Fonte: Revista Oeste
Fonte Diário Brasil