Folhapress

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, está revirando os arquivos relacionados ao acordo de leniência firmado com a Odebrecht e a Lava Jato, em 2016. Em carta enviada no último dia 24 de setembro, Edward Martin, procurador-assistente do DOJ, cobra explicações de Andrew Weismann, seu antecessor no cargo, sobre o processo de negociação.

Martin é responsável por diferentes investigações sobre indícios de abuso de poder nas administrações democratas, suspeitas de instrumentalizarem agências governamentais, como DOJ, FBI e CIA para perseguir Trump e aliados. Ao reexaminar o caso ‘Estados Unidos x Odebrecht’, considerado o maior esquema de suborno estrangeiro da história, o procurador lança suspeitas sobre cláusulas do acordo supervisionado por Weissmann.

Segundo ele, o acordo de leniência agregou fatos por país, mas omitiu detalhes específicos dos contratos superfaturados, impedindo a reparação das vítimas. Martin cita como exemplo o projeto Rutas de Lima. A ex-prefeita Susana Villarán está sendo processada pelo recebimento de US$ 11 milhões das empreiteiras Odebrecht e OAS. Sua campanha foi tocada por Luis Favre e Valdemir Garreta, ligados ao PT.

As investigações da Lava Jato peruana atingiram quatro ex-presidentes — Allan Garcia (que se matou), Ollanta Humala, Alejandro Toledo e Pedro Pablo Kuczynski. Em abril, Lula enviou ao Peru um jato da FAB para buscar Nadine Heredia, ex-mulher de Humala, impedindo que ela fosse presa e garantindo-lhe asilo político.

DOJ de Trump pode reabrir caso Odebrecht

Fonte: Portal Claudio Dantas

Fonte: Diário Do Brasil

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Trump pode reabrir caso Odebrecht e Embraer, nos EUA