A toga tradicionalmente simboliza a justiça. Menos no Brasil inventado recentemente por nossas cortes superiores. Agora a toga é símbolo da extravagância e das controvérsias que cercam nossos magistrados. 

Vejamos. O TSE não tem medido esforços (nem recursos) para manter suas togas impecáveis. Com um contrato de R$ 200 mil destinado à confecção e reparos dessas vestes, parece que a crise econômica não chegou aos corredores da corte. Mas não surpreende que as togas precisem de reparos, afinal, se até a Constituição anda tão surrada naquelas paragens, quem dirá as togas…  

Agora, os cordões de identificação ao redor da gola deverão ser compostos por pingentes nas pontas, fabricados com algodão e viscose, apresentando opções de cores em vermelho, preto ou roxo, bem como as peças deverão ser confeccionadas em microfibra, utilizando tecido 100% poliéster na cor preta.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou a alocação de pouco mais de R$ 200 mil para a confecção e reparos de togas destinadas aos ministros e servidores da Corte. A instituição planeja firmar um contrato de cinco anos para garantir o fornecimento das vestimentas. Uma equipe designada pelo TSE, antes de formalizar o contrato, realizará uma análise rigorosa das amostras dos tecidos propostos, assegurando a qualidade e conformidade com os padrões estabelecidos.

De acordo com as especificações do pedido, os cordões de identificação ao redor da gola deverão ser compostos por pingentes nas pontas, fabricados com algodão e viscose, apresentando opções de cores em vermelho, preto ou roxo. Adicionalmente, as peças sob medida deverão ser confeccionadas em microfibra, utilizando tecido 100% poliéster na cor preta.

O hábito de usar a toga é antigo. Utilizada desde a Roma Antiga, a peça tornou-se um dos “símbolos” da magistratura. Segundo eles, o traje é sinal da “impessoalidade e da imparcialidade do Estado”.

“As togas, bordados, cordões e capas atuais apresentam desgaste natural de uso, fazendo-se necessário reparos ou substituições”, observou o TSE, no pedido. O TSE determinou ainda, com muita pompa, que as capas serão produzidas em “gabardine acetinado com elastano, feita em corte godê, com abertura em toda a extensão da frente e fechamento em cordão”.

“Neste caso, a confecção das peças será necessária quando constatada a impossibilidade de realização de reparos, o que pode ocorrer, a depender do grau de dano a que a peça foi exposta, principalmente quando revelado o desgaste natural pelo uso contínuo”, concluem.

Por Rhuan C. Soletti/Brasil Sem Medo 

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TSE anuncia contrato de R$ 200 mil para confecção e reparos de togas