Reuters/ TOM BRENNER

De acordo com a plataforma, autoridades da Casa Branca solicitaram a remoção de vídeos rotulados como desinformação, mesmo quando não infringiam as regras. A Alphabet, dona da Google e do YouTube, acusou o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de pressionar a censura de conteúdos de criadores conservadores que não violaram regras da plataforma. Em carta ao Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos da América, a empresa também anunciou que dará chance de retorno a canais banidos por políticas antigas sobre Covid-19 e eleições. Segundo a empresa, durante a pandemia, autoridades da Casa Branca, incluindo o próprio presidente, mantiveram pressão contínua para a remoção de vídeos rotulados como desinformação, mesmo quando não infringiam as regras internas da plataforma.

“É inaceitável e errado quando qualquer governo tenta ditar como a empresa deve moderar conteúdo”, afirmou o advogado Daniel F. Donovan, do escritório King & Spalding, LLP, que assina o documento em nome da Alphabet. O texto reconhece que o YouTube tomou decisões de forma independente, mas confirma que a pressão do governo criou um clima político de intimidação.

Além da promessa da reativação de contas, a empresa destacou que, em 2023 e 2024, encerrou as políticas específicas sobre Covid-19 e eleições, abrindo espaço para debates sobre tratamentos da doença e alegações de fraude eleitoral. A carta também ressalta que a plataforma valoriza vozes conservadoras, que têm forte presença de debate político, e diferenciou-se de outras redes sociais ao afirmar que não paga checadores de fatos nem terceiriza a remoção de conteúdo. O episódio deve intensificar as disputas no Congresso, onde republicanos acusam a Casa Branca de ter extrapolado limites constitucionais ao tentar influenciar a moderação do conteúdo online.

Fonte: Revista Oeste

Fonte: Diário Do Brasil

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YouTube diz que governo Biden pressionou por censura de canais de direita