• Post category:PRO

Operação Produto Legal apreendeu mais de quatro mil itens irregulares em centros de distribuição de Amazon, Shopee e Mercado Livre

(Imagem: Skorzewiak/Shutterstock)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Receita Federal apreenderam 4.226 produtos irregulares em centros de distribuição de Amazon, Shopee e Mercado Livre durante a Black Friday. A operação aconteceu entre 30 de novembro e 1º de dezembro, em Araucária (PR), Brasília (DF) e Franco da Rocha (SP).

A operação, chamada Produto Legal, mirou itens que não atendem aos padrões de qualidade e segurança da Anatel. O Mercado Livre concentrou a maior parte das apreensões: 2.569 itens.

O número de apreensões, porém, caiu bastante em relação a 2024. Numa operação similar, foram encontrados 22 mil produtos irregulares. Ou seja, o número de apreensões de 2025 representa uma queda de mais de 80%.

Fiscalização identifica milhares de itens não homologados em três grandes marketplaces

Operação Produto Legal inspecionou 20.591 produtos nos centros de distribuição das três plataformas. Desse total, 4.226 itens foram identificados como irregulares e tiveram a venda bloqueada.

Caixas de produtos piratas apreendidos em Operação Produto Legal da Anatel e da Receita Federal
Operação Produto Legal inspecionou pouco mais de 20,5 mil produtos nos centros de distribuição de três grandes plataformas de marketplace (Imagem: Anatel)

Entre os tipos de itens apreendidos, estavam:

  • Carregadores de baterias;
  • Câmeras sem fio;
  • Equipamentos de rede;
  • Power banks;
  • TV Box;
  • Smartwatches. 

O ranking de de itens barrados foi o seguinte:

  1. Mercado Livre: 2.569 produtos;
  2. Shopee: 1.325 produtos;
  3. Amazon: 332 produtos.

A distribuição das apreensões reflete tanto o volume de operação de cada marketplace quanto a eficácia da fiscalização em diferentes regiões. 

Os centros de distribuição fiscalizados estão entre os principais pontos de escoamento de produtos vendidos online no país durante a data comercial mais movimentada do ano.

Anatel usa inteligência artificial para combater pirataria

A operação faz parte do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP) da Anatel, que visa garantir que os produtos vendidos nos marketplaces atendam aos padrões regulatórios. 

Anatel
Operação ‘Produto Legal’ faz parte do Plano de Ação de Combate à Pirataria da Anatel (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

A parceria com a Receita Federal também mira práticas de contrabando e descaminho, preocupação central do órgão. Segundo o conselheiro da Anatel Edson Holanda, patrocinador do PACP, as ações de fiscalização “têm apresentado resultados relevantes para a sociedade”.

Para Holanda, o avanço das operações e o uso de inteligência artificial (IA) representam “um passo importante para fortalecer a segurança do consumidor e a integridade das redes no Brasil, trazendo impactos positivos para o mercado e para toda a sociedade”, segundo comunicado.

Desde 2024, a Anatel utiliza o Regulatron, ferramenta de IA que automatiza a coleta, o processamento e a análise de anúncios veiculados nos marketplaces. A tecnologia aumenta a eficiência das operações e permite identificar irregularidades em escala.

A agência reforça que os consumidores devem verificar o código de homologação dos produtos antes de comprar e confirmar se o fornecedor tem autorização para comercialização.

Quem adquiriu um item irregular pode pedir devolução ou troca com o vendedor ou registrar denúncia nos canais de atendimento da Anatel. A orientação busca proteger o consumidor e pressionar as plataformas a fiscalizarem melhor os vendedores.

Outro lado

Em nota enviada ao Olhar Digital, a Shopee disse o seguinte: “Temos colaborado ativamente com a Anatel no combate à venda de aparelhos não homologados, incluindo a exigência de preenchimento do código de homologação de celulares e TV box para todos os vendedores que comercializam esses produtos no marketplace. Caso seja identificada uma possível infração, investigamos e tomamos as medidas cabíveis de acordo com os nossos termos e condições de uso, que, entre outras regras, proíbem a venda de itens ilegais.”

Já a Amazon, informou também em nota enviada ao Olhar Digital, que “opera com os mais altos padrões de qualidade para atender às expectativas dos clientes e garantir a segurança. A empresa busca agir sempre em conformidade com a lei e exige que todos os itens oferecidos em sua loja tenham as licenças e aprovações necessárias. A Amazon permanece comprometida em colaborar com a Anatel e outras autoridades, enquanto continua a oferecer a experiência de compra segura e de alta qualidade que nossos clientes esperam.

Por fim, também pedimos posicionamento ao Mercado Livre, que não se manifestou.

Fonte: Olhar Digital

Compartilhar matéria no
Operação da Anatel e da Receita trava venda de produtos piratas na Black Friday