Mais de 6.000 sessões de oxigenoterapia hiperbárica foram realizadas na Santa Casa de Marília nos últimos 12 meses. Com o serviço implantado há 12 anos, através de uma parceria com a Oxibarimed Medicina Hiperbárica, já passaram pelo hospital mais de 1.500 pacientes para a realização do referido tratamento.
A oxigenoterapia hiperbárica é a área da medicina que propicia a aceleração da cicatrização de feridas através da respiração pelo paciente do oxigênio (O²), 100% puro e sob pressão, dentro de uma câmara hiperbárica.
O tratamento oferece diferentes benefícios terapêuticos e pode ser usado em grande variedade de doenças. É um tratamento adjuvante a antibióticos, cirurgias e curativos, o que não diminui em nada sua importância científica
.É importante saber que o benefício do tratamento é o resultado do oxigênio no sangue e não do contato direto do oxigênio com a ferida, motivo pelo qual os ferimentos são deixados cobertos com curativos durante o tratamento. Não há invasão nem possibilidade de infecções e o tratamento ocorre de forma sistêmica através da respiração no ambiente pressurizado.
Um profissional da equipe de enfermagem permanece dentro da câmara hiperbárica para auxiliar os pacientes durante todo o período da sessão.
O número de sessões é prescrito pelo médico do paciente, de acordo com a patologia e estado geral do mesmo.
Entre os casos mais comuns encaminhados para o tratamento com a oxigenoterapia hiperbárica estão as lesões no pé diabético, úlceras de varizes, infecções ósseas, lesões causadas por radioterapia, enxertos comprometidos, problemas de cicatrização em cortes cirúrgicos, queimaduras graves, Síndrome de Fournier (infecção por bactérias na região genital), entre outras doenças.
Pacientes diabéticos que têm graves feridas nos pés costumam ser os que mais necessitam do tratamento, que acelera a cicatrização e diminui o risco de amputações.
“Essa super oxigenação é levada a todo o organismo pela corrente sanguínea, chegando até as lesões e feridas, tanto internas quanto externas, e acelerando o processo de recuperação”, explica a médica hiperbarista Larissa Passerotti, que também está à frente da unidade da Oxibarimed em Bauru, que completa 18 anos.