Terceira principal causa de morte por câncer em todo o mundo, o tumor de fígado é responsável por mais de 10 mil mortes por ano no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em meio aos desafios da medicina moderna na busca por avanços contra a doença, de acordo com o Fundo Mundial para Pesquisa do Câncer, há evidências de que os seguintes fatores estão associados a um risco aumentado de câncer de fígado:

  • cirrose;
  • hepatite viral crônica;
  • infestação de vermes hepáticos;
  • uso prolongado de contraceptivos orais contendo altas doses de estrogênio e progesterona;
  • tabagismo;
  • sobrepeso ou obesidade;
  • alimentos contaminados por aflatoxinas (toxinas produzidas por certos fungos encontrados no amendoim, milho e mandioca, quando armazenados de forma inadequada).

Prevenção é a melhor forma de combate
Segundo estudos, a melhor forma de prevenção ainda é evitar as condições predisponentes, como cirrose alcoólica e inflamação gordurosa do fígado, além da prevenção e tratamento das hepatites virais do tipo B e C. Como um dos fatores de risco para o câncer de fígado e para outros problemas de saúde, o acúmulo de gordura no fígado está associado à epidemia de obesidade e sobrepeso, e é bastante prevalente na população.

Quase um terço (30,45%) dos brasileiros tem gordura no fígado. Quando observamos apenas os obesos ou portadores de diabetes mellitus, o índice chega a 50%. Mudanças no estilo de vida, como uma dieta mais saudável, a prática de atividade física regular, evitar o consumo de álcool, não usar esteroides anabolizantes sem prescrição médica, evitar lesões pré-malignas e manter um peso saudável são atitudes que podem amenizar este diagnóstico.

Sintomas

De acordo com dados do Inca, o tipo agressivo ocorre em mais de 80% dos casos. O carcinoma hepatocelular, ou hepatocarcinoma, é um tipo de câncer primário do fígado, ou seja, começa no próprio órgão

Numa fase inicial, o hepatocarcinoma geralmente não apresenta sintomas. Quando descoberto em uma fase onde os sintomas já se manifestam, os cuidados são prioritariamente paliativos e o prognóstico, menos otimista.

Os sintomas começam a aparecer quando a doença avança. Eles podem incluir:

  • dor abdominal;
  • perda de peso inexplicada;
    perda de apetite;
  • mal-estar;
  • icterícia (tom amarelado na pele e nos olhos);
  • acúmulo de líquido no abdome;
  • náusea ou vômito;
  • aumento do fígado e baço;

Outros sintomas possíveis incluem febre, veias dilatadas visíveis na barriga e hematomas ou sangramentos anormais.

Diagnóstico e tratamento
Qualquer que seja o estágio em que a doença é diagnosticada, é muito importante que a equipe médica avalie a função hepática para auxiliar na definição da melhor estratégia de cuidado, a partir de exames laboratoriais e critérios clínicos. Isso porque geralmente o câncer de fígado acaba acompanhado de alterações na função do órgão.

Existem diversos métodos terapêuticos disponíveis que buscam remover ou impedir a disseminação das metástases hepáticas e do câncer de fígado, que incluem quimioterapia, radioterapia externa, ablação por radiofrequência, braquiterapia intersticial, criocirurgia e transplante do órgão. Ou seja, cada tratamento tem suas peculiaridades e efeitos adversos, e a escolha do melhor método terapêutico deve ser feita por uma equipe médica de acordo com as condições de saúde do paciente e o estágio do câncer.

Fonte: Catraca Livre

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