Segundo a psicóloga Débora Tamanini, a hipnose pode ser definida como um estado alterado de consciência ou percepção. Em termos simples, a hipnose é um estado de profundo relaxamento que leva o indivíduo ao sono terapêutico (hipnótico), onde o sensor crítico racional é “desligado” através de um estado de permissão. O racional passa a ser conduzido por meio da voz do hipnólogo. Porém, durante a hipnose não se perde a consciência.
“Há relatos sobre a hipnose desde a civilização babilônica. Mesmo ainda muito mesclada com a religião e a mitologia, a hipnose praticada por esses antigos já revelava a forte ligação da técnica com a medicina. Existe uma longa lista de prática hipnótica antes de Freud. Jean Charcot (1825-1893), é responsável pela teoria de 3 estágios hipnóticos (letargia, catalepsia e sonambulismo). Em 1890 Freud foi até Salpêtriére estudar as técnicas de hipnose com Charcot. Milton Erickson (1901-1980), um psiquiatra americano muito conhecido por suas técnicas de hipnose, sendo muito efetivo em seus tratamentos, hoje são reconhecidos como hipnose Ericksoniana.”, citou a psicóloga;
Segundo ela, muitos outros pesquisaram nos anos seguintes sobre a técnica, acrescentando diversas contribuições, aperfeiçoando-a. Existem pelo menos 3 vertentes de hipnose, sendo elas a Clássica, Ericksoniana e a Condicionativa. A hipnose também pode ser usada como forma de entretenimento. Essa modalidade é chamada de “hipnose de rua” ou “hipnose de palco”. “A outra modalidade de hipnose, utilizada em clínicas para tratamentos como ferramenta terapêutica, é chamada de “Hipnose Clínica” ou “Hipnoterapia”, a qual eu pratico na Clínica Teinei, proporcionando
ao paciente sentir-se seguro e acolhido.”, comentou.
A Hipnose Clínica tem como objetivo tratar um problema do paciente. Todas as pessoas são hipnotizáveis. Considerando que a hipnose ocorre na vida diária, todas as pessoas são hipnotizáveis em algum momento, em alguma situação e em certas circunstâncias. Porém, existem pessoas que são naturalmente mais sensíveis do que outras. É possível fazer testes por sugestão para saber se a pessoa é suscetível às induções. Apenas na “Hipnose Condicionativa” são dispensados os testes, pois independe do nível de transe (um estado alterado de consciência) para se aplicar a técnica e obter resultados. A profundidade do nível de consciência pode ser Leve (nível Alpha – quando lembra-se de tudo após o término da sessão); Média (Nível Theta – Tem-se vaga lembrança) e Profundo (Nível Delta – sem lembrança). Durante a sessão as ondas cerebrais podem chegar aos ciclos de 1-3 hz, característica do nível Delta, ou seja, sono terapêutico muito profundo.
Durante a hipnose não se perde a consciência, as pessoas estão conscientes do que está acontecendo no ambiente ao seu redor, e com a atenção concentrada no hipnoterapeuta e na sua voz. Ainda existe um mito relacionando a hipnose às questões religiosas e esotéricas.
Porém, a hipnose é um fenômeno neurofisiológico legítimo que pode ser verificado por alterações em eletroencefalogramas no decorrer de todo estado hipnótico e visivelmente por manifestações não presentes em outros estados de consciência. A hipnoterapia usa as vantagens de trabalhar com o cérebro nesse estado para ajudar as pessoas.

Durante a sessão as ondas cerebrais podem chegar aos ciclos de 1-3 hz, característica do nível Delta, ou seja, sono terapêutico muito profundo

TRATAMENTOS
Alguns possíveis tratamentos com a hipnose são: obesidade, compulsão alimentar,
gagueira, fobias, vícios, controle da dor, ansiedade, depressão, síndrome do pânico, traumas, e na reprogramação da mente para qualquer finalidade. Além disso, a hipnose é reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia como recurso terapêutico.
Uma análise publicada na revista American Health Magazine organizada pelo Psicólogo americano Alfred A. Barrios, Ph.D., revelou as seguintes percentagens de recuperação em pacientes que se submeteram a 3 diferentes formas de terapia:

Psicanálise – 38% de recuperação após 600 sessões (cerca de 11,5 anos);

Terapia Comportamental – 72% de recuperação após 22 sessões (cerca de 6 meses);

Hipnoterapia – 93% de recuperação após 6 sessões (cerca de 1,5 mês).
“Sou psicóloga com especialização em Psicossomática e utilizo a hipnoterapia há 10 anos como importante ferramenta no processo terapêutico dos meus pacientes com excelentes resultados. Na minha prática de consultório observo que são processos complementares entre si, onde quando se aplica a hipnose os resultados aparecem mais rapidamente, como citado
anteriormente.” Explicou Débora Tamanini.

SAIBA MAIS
Para maiores informações e atendimentos meus canais em redes sociais são:

Psicóloga Débora Tamanini – CRP 06/98514
Instagram-@ psicodeboratamanini
E-mail: deboratamanini@hotmail.com
Site: wwwdeboratamanini.com ;
Whatsapp: (14) 98117-6123.

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A Hipnose Clínica e seus diversos tratamentos. Da obesidade à depressão
Débora Tamanini: “a Hipnoterapia proporciona até 93% de recuperação após 6 sessões, o que ocorre por cerca de 1,5 mês”