Primeira inovação em mais de 70 anos oferece esperança a milhões de pacientes com transtorno, mas ainda existem desafios de custo

Remédio pode ajudar muito pacientes com (Imagem: Divulgação/Bristol Myers Squibb)

A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, aprovou o Cobenfy, novo medicamento para esquizofrenia, da Bristol Myers Squibb, marcando a primeira inovação no tratamento da doença em mais de 70 anos.

A esquizofrenia, que afeta pensamento, emoções e comportamento, é sério transtorno que impacta a vida diária de cerca de três milhões de adultos nos EUA.

Os sintomas podem atrapalhar a vida cotidiana do paciente, dificultando ir à escola ou ao trabalho, socializar e completar outras atividades diárias. A maioria das pessoas é diagnosticada no final da adolescência até o início dos 30 anos.

O Cobenfy, que será comercializado como pílula de uso diário, deve estar disponível até o final de outubro, oferecendo nova opção para os pacientes, especialmente aqueles que abandonam tratamentos convencionais devido a efeitos colaterais.

Homem sentado em um corredor escuro
Empresa que fabrica o medicamento quer torná-lo viável para tratar outras doenças mentais (Imagem: Shutterstock)

Mais detalhes sobre o novo medicamento

  • O custo mensal será de US$ 1,85 mil (R$ 10.067,33, na conversão direta), mas a empresa espera que a maioria dos pacientes, particularmente os com cobertura dos convênios Medicare e Medicaid, enfrente custos mínimos;
  • Diferente dos antipsicóticos tradicionais, que bloqueiam receptores de dopamina, o Cobenfy atua ativando receptores muscarínicos no cérebro, reduzindo a dopamina sem efeitos colaterais comuns;
  • Ele foi testado em três ensaios clínicos, mostrando redução significativa dos sintomas com efeitos colaterais leves.

Além de tratar a esquizofrenia, a Bristol Myers Squibb está explorando o uso do Cobenfy para outras condições, como Alzheimer e transtorno bipolar.

A empresa vê no medicamento oportunidade de vendas multibilionária, embora seu lançamento inicial possa ser lento devido a custos e concorrência com tratamentos existentes.

Sintomas da esquizofrenia levam a diversos problemas no cotidiano de quem convive com a doença (Imagem: sutadimages/Shutterstock)

Leandro Costa Criscuolo / Olhar Digital

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Após quase um século, EUA aprovam novo medicamento para esquizofrenia