O uso da cannabis medicinal é conhecido há milhares de anos, nos remetendo à era que precede a palavra escrita. Atualmente, com o avanço da ciência nos estudos da cannabis como tratamento terapêutico, a substância vem sendo utilizada com segurança por pacientes de todo o mundo.
Diversos estudos, em diferentes fases de pesquisa, apontam os benefícios da cannabis para o tratamento dos sintomas não-motores da doença de Parkinson (depressão, ansiedade, transtornos do sono e outros), das dores e espasmos provocados pela esclerose múltipla, no controle das crises epiléticas e outras doenças. Esses benefícios contribuem de forma significativa para a qualidade de vida dos pacientes que apresentam melhora em quadros de ansiedade, depressão, dores, transtornos do sono, espasticidade, entre outras condições.
“O avanço do conhecimento científico sobre a cannabis medicinal e o desenvolvimento da indústria farmacêutica especializada mostram que a substância pode ser classificada como uma nova área terapêutica disponível para apoiar diferentes especialidades médicas”, explica o neurologista Flavio Rezende, mestre e doutor em Neurologia, professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Health Meds.
Os fitofármacos à base da cannabis são desenvolvidos por meio de rigorosos controles de qualidade com 99% de grau de pureza e indicações definidas. “Estudos de fase III para tratar dor e espasticidade na esclerose múltipla e para o tratamento de epilepsias farmacorresistente apresentam evidências científicas sólidas com aprovação regulatória pelo FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos”, exemplifica Dr. Flavio Rezende.
Entenda como funciona
A cannabis medicinal possui mais de 480 substâncias químicas. Cerca de 150 destes compostos são denominados fitocanabinóides, sendo que os mais conhecidos e estudados são o THC (Tetrahidrocanabinol), o CBD (Canabidiol) e o CBG (Canabigerol). Os fitocanabinóides se ligam a receptores específicos do corpo humano. Esse sistema complexo é responsável por uma série de funções fisiológicas, incluindo a memória, o humor, o controle motor, o comportamento alimentar, o sono, a imunidade e a dor.
Estudos variados em fase II, fase III ou observacionais.O uso medicinal da cannabis é conhecido em diversas culturas há mais de 5 mil anos. Sabemos que a cannabis percorreu toda a Rota da Seda que interligava comercialmente o Oriente e a Europa, sendo levada ao ocidente pelo médico escocês Willian O’Shaughnessy enquanto participava das missões britânicas nas Índias.
Como pesquisador e professor da Universidade de Calcutá (Índia), Willian O’Shaughnessy foi um dos cientistas pioneiros na pesquisa de terapias com a cannabis em pacientes com cólera, reumatismo, raiva, tétano, epilepsias e doenças inflamatórias, estudando os benefícios da substância no alívio de dores e redução de espasmos musculares.
O uso da cannabis medicinal ganhou destaque na Europa e, posteriormente, nos Estados Unidos, entre os anos de 1840 e 1940. Médicos ingleses indicavam o uso da cannabis como estimulante do apetite, analgésico, relaxante muscular, anticonvulsivante e hipnótico.
Ao longo dos últimos séculos, cientistas continuaram a estudar o uso da cannabis medicinal como terapia adjuvante no tratamento doenças neurológicas, psiquiátricas, degenerativas e inflamatórias.
O “pai da cannabis medicinal”
Conhecido como o “pai da cannabis moderna”, o pesquisador Raphael Mechoulam, em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, conseguiu isolar 60% da substância ativa da cannabis com métodos laboratoriais, sintetizando pela primeira vez o THC (tetrahidrocanabinol) e, posteriormente, o canabidiol, compostos da planta. Seu estudo publicado na revista Science aborda de maneira inédita a biogênese dos canabinóides.
A descoberta e a elucidação do sistema endocanabinoide permitiu a realização de uma ampla gama de estudos pré-clínicos, propiciando a condução dos primeiros ensaios clínicos na área. Em 1980, Raphael Mechoulam e o professor brasileiro Elisaldo Carlini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicaram juntos o primeiro estudo com humanos sobre o uso da cannabis medicinal em pacientes com epilepsia farmacorresistente, demonstrando os benefícios da substância no controle das crises epiléticas.
Sobre a Health Meds
A Health Meds é uma empresa brasileira especializada no mercado de cannabis medicinal. Investe em pesquisa e desenvolvimento para oferecer aos pacientes produtos diferenciados, respeitando todos os padrões de qualidade e segurança, com o objetivo de atender às necessidades dos pacientes na busca de bem-estar e na melhoria da qualidade de vida. A Health Meds oferece produtos fitofármacos à base de canabidiol, com alto teor de CBD (canabidiol), CBG (canabigerol) e baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol).
Principais indicações
Por se tratar de área do conhecimento em constante desenvolvimento, novas indicações vêm sendo buscadas pela comunidade científica e publicadas nas principais revistas médicas do mundo:
• Ansiedade
• Demência com agitação
• Distúrbios do sono secundários a doença neurológica
• Doença de Parkinson (sintomas não-motores)
• Dor crônica
• Epilepsia (Dravet e Lenox Gastaut)
• Esclerose múltipla (sintomas urinários, dores, espasticidade)
• Esquizofrenia
• Síndrome de estresse pós-traumático
• Síndrome de Tourette