NASA. Créditos: depositphotos.com / 3DSculptor

Um estudo recente da Agência Espacial Americana (NASA) revelou que várias regiões do Brasil podem enfrentar condições inabitáveis nos próximos 50 anos devido ao calor extremo. Este fenômeno é uma consequência direta da crise climática global, que tem se intensificado ao longo das últimas décadas. A pesquisa destaca que áreas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do país estão particularmente vulneráveis.

Os cientistas da NASA utilizaram uma abordagem que vai além da simples medição da temperatura do ar. Eles consideraram a combinação entre a sensação térmica e a umidade, fatores que podem amplificar os efeitos do calor sobre a saúde humana. Esta metodologia é crucial para entender como o aquecimento global pode tornar certas regiões do planeta inabitáveis.

Como o calor extremo afeta a saúde humana?
O calor extremo representa um risco significativo para a saúde, mesmo para indivíduos saudáveis. Temperaturas que alcançam ou excedem 37°C, combinadas com uma umidade relativa do ar superior a 70%, são potencialmente perigosas. Quando a temperatura interna do corpo ultrapassa os 42°C, há risco de danos cerebrais e falência de órgãos.

Além disso, não é necessário estar exposto diretamente ao sol para sofrer um colapso térmico. Estudos indicam que existem pelo menos 27 distúrbios relacionados ao calor que podem ser letais. Doenças respiratórias e cardiovasculares são as principais condições que podem ser agravadas em situações de calor extremo.

Quais regiões do mundo estão em risco?
Além do Brasil, o estudo da NASA aponta que outras regiões do mundo também podem se tornar inabitáveis devido ao calor. Áreas como o sul da Ásia, o Golfo Pérsico, partes da China e do Sudeste Asiático estão sob ameaça semelhante. A pesquisa utilizou imagens de satélite e projeções de temperatura de bulbo úmido para prever essas mudanças.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), entre 2000 e 2019, o calor foi responsável por cerca de 489 mil mortes anuais em todo o mundo. No entanto, devido à subnotificação, estima-se que o número real de óbitos seja significativamente maior.

Quais medidas podem ser tomadas para mitigar os efeitos do calor?
Para enfrentar os desafios impostos pelo calor extremo, é essencial adotar medidas de mitigação e adaptação. A redução das emissões de gases de efeito estufa é fundamental para conter o aquecimento global. Além disso, políticas de conservação ambiental, como o combate ao desmatamento e às queimadas, são cruciais para proteger os ecossistemas e as populações humanas.

O consumo responsável de recursos naturais e a promoção de práticas sustentáveis também são estratégias importantes. A conscientização da população sobre os riscos do calor extremo e a implementação de sistemas de alerta precoce podem ajudar a prevenir tragédias e salvar vidas.

Em suma, o estudo da NASA serve como um alerta para a urgência de ações globais coordenadas. O calor extremo não é apenas uma questão ambiental, mas um desafio de saúde pública que requer atenção imediata e esforços conjuntos para garantir um futuro habitável para todos.

Fonte: Correio Braziliense

Fonte: Diário Do Brasil

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NASA alerta que o Brasil ficará inabitável em 50 anos; veja regiões