Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. Portanto, mexer no nariz ou nos seios pode ser uma questão de boa funcionalidade do organismo
O Brasil disputa com os Estados Unidos, há alguns anos, o primeiro lugar no ranking mundial de números de cirurgias plásticas realizadas anualmente. Dados de 2021, da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, apontam que são realizados 1.5 milhões de procedimentos anuais dessa natureza no Brasil. Provavelmente, a grande maioria deles está relacionada à estética. Mas nem todas as plásticas partem desse apelo para que sejam legitimadas. Há um componente que faz dessa prática algo necessário: o bom funcionamento do organismo, associado à qualidade de vida. Afinal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é um estado completo de bem-estar e não apenas a ausência de doenças.
No caso da lipoaspiração ou lipoescultura, que é a remoção do excesso de gordura de alguma parte do corpo, recursos como a prática de atividade física e reeducação alimentar e, até mesmo, tratamento à base de medicamentos, orientado por um endocrinologista, por exemplo, podem substituir a cirurgia. Em outros, porém, a intervenção cirúrgica pode ser a única maneira de resolver determinado problema. Laercio Guerra, cirurgião plástico de São Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, selecionou algumas das principais cirurgias plásticas que podem estar relacionadas ao bem-estar:

Rinoplastia. Com o objetivo de remodelar a estrutura óssea e cartilaginosa do nariz, essa cirurgia foi o procedimento facial mais realizado no Brasil, em 2020, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Já de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, foram feitas quase 90 mil rinoplastias no país, nesse mesmo ano. Em nenhum outro canto do planeta se mexeu mais no nariz do que aqui. “Há casos que passam pelo crivo de um otorrinolaringologista, cuja cirurgia melhora a respiração, essencial na vida de todos nós, principalmente durante um esforço físico”, diz o médico.

Blefaroplastia. A remoção do excesso de pele e de gordura na região dos olhos também pode ir nessa toada da funcionalidade, por favorecer o campo visual. Um de seus efeitos imediatos é levantar as pálpebras, fazendo com se enxergue, literalmente, o mundo de forma mais clara.

Redução mamária. Também conhecida como mamoplastia ou mastoplastia redutora, essa cirurgia tem impacto na postura e no combate ao desconforto nas costas. Ela não é tão comum entre mulheres quanto o aumento de mamas, que passa pela colocação de prótese de silicone. Entre os homens, porém, é o terceiro procedimento, nessa seara plástica, mais frequente no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica

Estética. No caso, é conhecido como correção da ginecomastia, distúrbio mais frequente na puberdade, relacionado ao excesso de peso ou de tecido glandular mamário.

Correção da diástase abdominal. Ocorre quando os músculos retos do abdômen se estendem além de sua capacidade normal, em caso de gravidez, por exemplo, não voltando ao estado normal. “Assim, o centro de gravidade do corpo é deslocado, podendo causar dor e incômodo na região lombar, além do abaulamento abdominal”, explica Guerra.

Ninfoplastia. Uma das chamadas cirurgias íntimas. Ela consiste na retirada do excesso de pele dos lábios vaginais, provocando uma redução dos mesmos, com o intuito de eliminar o desconforto na relação sexual, ao sentar-se ou usar uma calça mais apertada. Sem contar que minimiza o risco de processos urinários infecciosos. De acordo com levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil é o recordista mundial nesse tipo de procedimento, registrando 21 mil cirurgias dessa natureza por ano.

Dr. Laercio Guerra
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, Dr. Laercio Guerra fez Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral do Grajaú e, em Cirurgia Plástica, no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica com Título de Especialista em Cirurgia Plástica. Foi médico colaborador do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora do Hospital do Prenda em Luanda, Angola. Atualmente, tem uma clínica privada, e é responsável pelo Núcleo de Cirurgia Plástica da Clínica Mantelli e atua nos principais hospitais de São Paulo com foco em cirurgia corporal, especialmente as que envolvem o Mommy Makeover.
É idealizador do Aurora By Evive, programa multidisciplinar de cuidado para mulheres que desejam se sentir mais confiantes após a gestação, com o propósito de harmonizar o corpo e aumentar a autoestima. O programa oferece uma trilha de transformação completa composta por uma plataforma de autoavaliação, consulta (presencial ou online), telemonitoramento com equipe multidisciplinar de grande experiência, canal exclusivo de atendimento e concierge Aurora.

CRM 101095 – RQE 25783

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