No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Data importante para comemorar a vida das pessoas com essa condição e conscientizar o mundo sobre a garantia de liberdade e oportunidade que elas devem ter, assim como as demais. São cerca de 300 mil brasileiros com Down no país e, quando se trata de crianças, há muito o que evoluir no acolhimento das redes de ensino.
Pensando nisso, o SuperAutor, projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis, traz cinco dicas para ajudar pais, professores e responsáveis na condução de uma educação especial e acolhedora. Confira:
1 – Entenda a Educação especial – A educação especial é voltada a pessoas com deficiência e deve ser prioridade em qualquer instituição de ensino. Toda escola precisa capacitar sua equipe pedagógica, criar planos de avaliação diferenciados, oferecer suporte e materiais adequados, adaptar planos de aula e estabelecer uma forte conexão com as famílias dos alunos. Para isso, é preciso de fato entender a educação especial, sua importância e a melhor forma de praticá-la dentro das escolas.
2 – Descubra os gostos pessoais das crianças – Conhecer as crianças com Down e entender seus gostos pessoais é fundamental. Na educação infantil de forma geral, elas precisam desses ganchos para desenvolver a aprendizagem de forma mais engajada. “Cada criança tem uma realidade diferente, dificuldades de aprendizagem diferentes e contextos sociais que influenciam o processo de ensino. Conversar e buscar entendê-las individualmente tornará mais fácil a preparação e a realização de atividades específicas que de fato cativem a atenção delas”, explica Pedro Gigante, co-fundador do SuperAutor.
3 – Estimule desenhos e evolua para as histórias – Com os desenhos, os alunos desenvolvem o poder de criação e imaginação e adquirem conhecimento de palavras, objetos, cores, entre outros elementos. Além disso, o interesse em desenhar pode ser o pontapé inicial para avançar os processos de alfabetização, desenvolvendo facilidade para criar e escrever histórias e imaginar a partir das figuras criadas.
4 – Incentive e ajude na criação de autobiografias – A participação dos pais no desenvolvimento dos filhos pode ir mais longe do que acompanhar tarefas escolares, conduzindo atividades criativas e educativas em casa, como a elaboração de uma autobiografia. “Os pais podem ajudar a criança a relembrar sua história e contar ao mundo quem ela é, por meio da escrita. Essa atividade, além de estimular o desenvolvimento, contribui para a autoestima da criança, o que favorece ainda mais seu aprendizado”, destaca Gigante.
5 – Aposte em projetos pedagógicos adaptáveis – Uma boa forma de promover educação especial é apostar em projetos pedagógicos adaptáveis. O SuperAutor é um desses projetos. Totalmente gratuito para as escolas, estimula a capacidade criativa, a alfabetização, o letramento e o protagonismo dos alunos, que escrevem e ilustram seus próprios livros, tornando-se autores com direito inclusive a um dia de autógrafos, junto com seus familiares.
“Atividades lúdicas como essa potencializam o ensino e estimulam a criatividade e a imaginação. Além dos benefícios do ponto de vista do aprendizado, são atividades que fortalecem a autoestima da criança, proporcionam sensação de capacidade e segurança e aproximam as famílias da comunidade escolar”, aponta o co-fundador.
Sobre o SuperAutor:
O SuperAutor é um projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis. Com isso, ajuda educadores a desenvolverem a capacidade criativa dos alunos por meio da escrita, transformando sonhos em realidade! Além da modalidade desenvolvida nas escolas, o projeto oferece um formato em que as crianças podem construir seus livros em casa, com acompanhamento de familiares.
O projeto foi fundado em 2019 e iniciou a operação de forma massiva em 2020, ano de declínio da educação no país por conta da pandemia. Atualmente, conta com mais de 1.250 escolas cadastradas nas cinco regiões brasileiras, produziu mais de 50 mil livros e estima finalizar o ano com mais de 200 mil produções. Além disso, o projeto terá cerca de 80 mil alunos transformados em autores neste ano.