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Os Gliomas representam um grupo diversificado de tumores cerebrais originários das células de sustentação do sistema nervoso central, conhecidas como células gliais. Estes tumores constituem uma parcela considerável dos casos de neoplasias cerebrais, abrangendo desde formas menos agressivas até as altamente malignas, como é o caso do glioblastoma. A faixa etária mais comumente afetada é a dos adultos entre 40 e 60 anos. Os sintomas manifestos dependem da localização do tumor e podem incluir cefaleia persistente, convulsões, dificuldades na fala, problemas de visão e outras alterações neurológicas.
A classificação dos gliomas pela Organização Mundial da Saúde é dividida em quatro graus, que refletem a agressividade do tumor e sua progressão clínica. Tumores classificados como grau I e II geralmente têm crescimento lento e podem ser geridos por um tempo prolongado com acompanhamento médico regular. Já os graus III e IV, considerados de alto grau, são mais agressivos e exigem intervenções terapêuticas intensivas.
Quais são os tipos distintos de gliomas?
Dentro da classificação dos gliomas, encontramos diferentes tipos, cada um com suas características e comportamentos particulares:
- Astrocitomas: Originados dos astrócitos, podem variar de benignos a extremamente agressivos, como no caso do glioblastoma.
- Oligodendrogliomas: Caracterizados por um crescimento mais lento e uma resposta geralmente positiva à quimioterapia.
- Ependimomas: Causados por alterações nas células ependimárias e encontrados com maior frequência em crianças.
Como se estabelece o diagnóstico de gliomas?
Para diagnosticar os gliomas, é fundamental o uso de ressonâncias magnéticas, que ajudam a determinar a presença e a extensão do tumor. Em certas situações, uma biópsia é necessária para confirmar a natureza do glioma e apoiar a escolha do tratamento. Técnicas avançadas de genética molecular estão sendo utilizadas para detectar variações específicas no tecido tumoral, permitindo personalizar ainda mais as opções terapêuticas.
Quais são as estratégias de tratamento para gliomas?
O tratamento dos gliomas deve ser adaptado ao tipo de tumor, sua localização e outras características clínicas. Em geral, a cirurgia é a primeira linha de ação para remoção do tumor, sempre que possível, visando à preservação das funções neurológicas. As técnicas de cirurgia aprimoradas, como a neuronavegação, possibilitam uma precisão maior e menos danos ao tecido cerebral saudável.
Após a cirurgia, podem ser introduzidas a radioterapia e a quimioterapia para combater quaisquer células tumorais restantes. Nos últimos anos, terapias inovadoras, como a imunoterapia e drogas alvejando alvos moleculares específicos, têm oferecido novas esperanças, indicando um futuro promissor para o manejo desses tumores complexos. Com o avanço contínuo da medicina, os gliomas estão aos poucos se tornando mais compreensíveis e, potencialmente, mais tratáveis.
com informações de CB RADAR
Fonte: Diário Do Brasil
