A startup de saúde ginecológica Daye fez uma grande descoberta para o universo feminino. Um novo absorvente interno é capaz de detectar a presença do vírus do HPV (Papilomavírus Humano), um dos principais responsáveis pelo câncer do colo do útero.
O absorvente será vendido no Reino Unido e é feito por encomenda, com valores a partir de 69 libras esterlinas, cerca de R$ 450,00. Não há previsão para a comercialização no Brasil.
De acordo com a empresa, o produto também é capaz de detectar outros problemas desenvolvidos na flora vaginal, como a presença de fungos, Gonorréia e Herpes tipo I e II.
Em entrevista ao “Jornal Novabrasil”, Camile Gentile, sexóloga e especialista em saúde da mulher, afirmou que este avanço científico é inovador e importante: “É uma grande descoberta.
Para detectar o HPV, o médico precisa de uma amostra do colo do útero durante o exame de um paranicolau. Com a ciência avançando tanto, com um produto que não só detecta o HPV, mas detecta outros tipos de HPV, é possível fazer descobrir o vírus mais rápido, muitas mulheres ”.
Gentile também comenta que muitas mulheres não sabem que são portadoras do vírus: “Na vida do ser humano, uma mulher vai ter pelo menos 1 vez o HPV durante a vida, sem mesmo saber”.
Em comunicado, Valentina Milanova, fundadora da Daye, diz que após a compra do kit, os testes são feitos e enviados a laboratórios parceiros da Daye. A partir disso, os especialistas da startup oferecem consultas para acompanhar os resultados.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível e está associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero e ânus, além de metade dos casos de câncer na vulva, pênis e orofaringe, parte que fica atrás da garganta.
Camile Gentile também ressaltou a importância da vacinação contra o vírus. Em 2023, foram aplicadas mais de 6,1 milhões de doses da vacina contra o HPV. O número representa um aumento de 42% em relação a 2022 e é o maior desde 2018.
Há cerca de um mês, o esquema vacinal do HPV passou a ser formado por uma dose. O público alvo é de crianças de 9 a 14 anos de idade, e o grupo prioritário também inclui pessoas imunocomprometidas, vítimas de violência sexual e e outras condições específicas.
Dados do governo também mostram que a taxa de infecção pelo vírus atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual. Entre os homens, o índice é de 41,6%
Fonte: jornalnovabrasil/Ana Luiza Bessa
