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Apesar do nome difícil, a esteatose hepática está presente na vida de cerca de 30% da população mundial. A doença é causada por acúmulos de gordura no fígado superiores a 5% da massa do órgão. Embora muita gente a trate como um mal menor, a esteatose aumenta o risco de cirrose, diabetes e até de câncer no fígado.
O fígado exerce funções vitais no organismo. Ele filtra o sangue, elimina toxinas, regula a coagulação, metaboliza gorduras e medicamentos, além de produzir proteínas. Quando a gordura se acumula em excesso nesse órgão, essas funções ficam comprometidas.
Em estágios iniciais, a condição é silenciosa. Mas, se não for tratada, pode evoluir para doenças graves. É apenas nestes quadros que aparecem os sintomas: o paciente pode apresentar dor no lado direito do abdômen, fadiga, olhos amarelados e aumento do volume abdominal.
“Por não causar sintomas, muitos não buscam ajuda. É uma epidemia silenciosa que precisa ser enfrentada. Cerca de 25% dos pacientes com esteatose evoluem para hepatite por gordura e, depois, para fibrose ou cirrose. Também há risco de desenvolverem carcinoma hepatocelular, o câncer de fígado”, alerta Bianca Della Guardia, hepatologista e coordenadora clínica do Transplante de Fígado da Rede D’Or.
A Comissão Lancet sobre câncer de fígado apontou em um estudo publicado em agosto que 60% dos casos da doença (o terceiro tipo de tumor mais fatal do mundo) podem ser evitados com o controle de fatores de risco, incluindo a esteatose. A projeção da comissão indica que os casos de câncer de fígado ligados à esteatose devem aumentar em 11% até 2050.
FONTE: METRPOPOLES
Fonte: Diário Do Brasil