Um ensaio clínico recentemente publicado no Journal of Clinical Oncology investigou o impacto da pílula de lorlatinibe, um inibidor de quinase de linfoma anaplásico (ALK), na progressão do câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) em pacientes com tumores ALK-positivos a longo prazo.

A pesquisa foi conduzida por uma equipe do Peter MacCallum Cancer Center, na Austrália. Ben Solomon, líder do estudo, destacou os resultados “sem precedentes” obtidos com o tratamento de primeira linha em pacientes com CPNPC ALK-positivo.

Na terceira fase do ensaio, 296 pacientes não tratados foram aleatoriamente designados para receber lorlatinibe ou crizotinibe, outro inibidor de ALK. Os principais objetivos eram avaliar a sobrevida livre de progressão e a metástase cerebral. Após cinco anos de tratamento, 60% dos pacientes que receberam lorlatinibe permaneceram vivos e sem sinais de progressão da doença. Em comparação, a taxa para os pacientes tratados com crizotinibe foi de apenas 8%.

Além disso, o lorlatinibe apresentou maior incidência de efeitos adversos (77%) em comparação com o crizotinibe (57%), com destaque para o aumento do colesterol e triglicérides no sangue. No entanto, a redução da dose administrada permitiu controlar esses efeitos sem comprometer a eficácia do medicamento.

Esses resultados oferecem esperança aos pacientes com CPNPC ALK-positivo, proporcionando benefícios sustentados por mais de cinco anos e proteção contra a progressão da doença no cérebro. 

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Estudo revela pílula inovadora que pode revolucionar o tratamento de câncer de pulmão