Pertencente ao grupo de doenças periodontais, a gengivite é uma condição caracterizada pela inflamação das gengivas, que atinge cerca de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo segundo números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em estágios avançados, pode desencadear a perda dos dentes e, quando não é tratada, pode levar a doenças cardiovasculares. Não por acaso, pesquisas sobre o tema mostram que as doenças periodontais são a principal causa da perda de dentes em adultos no Brasil.
O que causa a gengivite?
Resultada do acúmulo de resíduos alimentares que fica na superfície dos dentes, a gengivite é provocada pela placa bacteriana. Quando não é removida de forma adequada, por meio da higienização bucal, a inflamação pode evoluir para o tártaro, estágio em que a placa se calcifica e ganha um tom amarelado pelo contato com os minerais presentes na saliva e com bebidas e alimentos.
Como saber se tenho gengivite?
No estágio inicial, as gengivas ficam inchadas, vermelhas e sensíveis, com sinais visíveis no sulco gengival. Também pode haver sangramento durante a escovação e o uso de fio dental, além de sintomas como retração gengival, em que a gengiva se desloca em direção à raiz dos dentes, presença de pus e secreção entre os dentes e a gengiva, aftas, mobilidade nos dentes e mau hálito persistente.
Como fazer a higiene bucal?
O trio de escova de dentes, fio dental e enxaguatório bucal é o seu arsenal caseiro para prevenir o tártaro e deve ser usado após cada refeição. É altamente recomendável começar com o uso do fio dental antes da escovação, passando-o não apenas entre os dentes, mas também no sulco gengival.
Ao mover-se de um dente para outro, deslize o fio dental de modo a usar uma parte que não esteja contaminada pelos resíduos removidos do dente anterior. A escovação deve ser realizada com movimentos suaves, utilizando uma escova de cerdas macias. Certifique-se de passar a escova em todas as superfícies dos dentes (interna, externa e nas pontas), no espaço entre eles e no sulco gengival.
Em seguida, utilize o enxaguatório bucal para eliminar as bactérias que contribuem para a formação do tártaro. Além disso, é fundamental realizar visitas regulares ao dentista, pois apenas a limpeza profissional pode remover o tártaro que não é eliminado durante a higiene bucal em casa.
Quais são os fatores de risco?
Hereditariedade, tabagismo, diabetes, estresse, deficiências imunológicas como alguns sintomas causados pelo vírus da Aids, mudanças hormonais na gravidez ou provocadas pelo uso de contraceptivo orais, além de, claro, higiene oral inadequada, são alguns dos principais fatores de risco associados à doença.
Tratamento
O melhor tratamento indicado para a doença é seguir a orientação do dentista sobre como deve ser realizada a higiene bucal. Além disso, o dentista faz a remoção do tártaro no consultório e, em alguns casos, pode recomendar o uso de medicamentos anti-inflamatórios por via oral. Com a inflamação tratada, a gengiva normalmente se recupera em poucos dias.
O que acontece quando a gengivite não é tratada?
A doença progride para uma periodontite, estágio que pode deixar as gengivas com uma coloração mais escura e, em quadros mais críticos, levar à perda dos dentes e causar um mau hálito intenso.
Além disso, é importante destacar que a periodontite está relacionada à endocardite bacteriana, uma vez que as bactérias responsáveis pelo problema podem migrar pela corrente sanguínea e se alojar nas válvulas cardíacas, comprometendo o funcionamento adequado do coração.
Créditos: Catraca Livre.
FONTE: terrabrasilnoticias.com