Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostram que, por ano, o Brasil registra cerca de 30 mil novos casos de hanseníase, o que coloca o país em segundo lugar no ranking global da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o mês de janeiro para conscientizar a população e estimular o combate à hanseníase. A campanha Janeiro Roxo, criada em 2016, define o último domingo do mês como data simbólica.
De acordo com Marcelle Salvadio, dermatologista do Hapvida NotreDame Intermédica, a hanseníase é uma doença infecciosa, crônica ou aguda, que pode afetar pele e nervos. “A transmissão se dá por meio de gotículas de saliva, secreção nasal e pela convivência próxima e prolongada com uma pessoa infectada pelo Mycobacterium leprae. Portanto, ela ocorre de pessoa para pessoa”, explica.
Sintomas e prevenção
A dermatologista destaca a importância de ficar atento aos sintomas, como manchas claras e vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. “O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação dos contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiam de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase, para saber se também foram infectados, são as principais formas de prevenção”, afirma.
De acordo com a especialista, a proporção de cura para os novos casos de hanseníase diagnosticados entre 2012 a 2020 está na faixa de 80%. “O Ministério da Saúde tem trabalhado muito para garantir o tratamento adequado a esses pacientes. Então, se você notar alguma manchinha diferente na sua pele, procure um médico mais próximo de sua residência”, orienta.