No começo de julho, autoridades do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram um laboratório, sem licença legal para operar. Nas instalações, foram encontrados quase mil ratos modificados geneticamente, sendo que alguns estavam infectados por patógenos de risco, como covid-19, HIV e hepatite, segundo o canal NBC. Além das cobaias, o espaço continha geladeiras, freezers, incubadoras e inúmeros frascos de compostos químicos, sem rótulos.
O laboratório clandestino estava instalado na cidade de Reedley, localizado no Condado de Fresno. Segundo os agentes locais, a situação não representa um risco para a população da região, já que o local foi desmontado e as cobaias foram sacrificadas. As investigações ainda estão em andamento.
Laboratório clandestino na Califórnia
As primeiras suspeitas de que algo estranho acontecia nas instalações começaram em março deste ano, quando indícios de ocupação do prédio foram identificados. Por alguns meses, investigações preliminares ocorreram até que, na primeira semana de julho, o local foi oficialmente inspecionado. A ação contou com o apoio do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA.
Dos quase mil ratos modificados através de técnica de bioengenharia, cerca de 175 estavam mortos. Entre os animais sobreviventes, alguns estavam doentes, sendo diagnosticados com doenças, como:
- Covid-19;
- HIV;
- Herpes;
- Hepatite;
- Malária;
- Infecção bacteriana por Escherichia coli.
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“Nunca vi isso em meus 26 anos de carreira no Condado de Fresno”, afirmou Joe Prado, diretor assistente do Departamento de Saúde Pública do Condado de Fresno, para a rede afiliada da NBC, Ksee.
Além das cobaias, Prado conta que foram encontrados mais de 800 produtos químicos diferentes no local em frascos sem rótulos. “Infelizmente, muitos deles estão sendo classificados como produtos químicos desconhecidos”, acrescenta.
Quem comandava os testes com os ratos modificados?
As investigações sobre o local ainda estão em investigação. Segundo os dados disponíveis, o espaço pertencia à empresa Prestige BioTech, registrada no estado de Nevada, mas sem licença para operar na Califórnia. O executivo Xiuquin Yao foi classificado como o presidente da empresa — que pode ter ligação com investidores chineses. Segundo Prado, não foram apresentados documentos que atestassem a legalidade da empreitada. Além da licença, o local deveria operar seguindo as normas de biossegurança por lidar com patógenos de risco.
Fonte: Condado de Fresno, NBC e Your Central Valley