No mês mundialmente dedicado à mulher, alguns temas reverberam e ganham destaque, como a igualdade de gêneros no mundo corporativo e expansão da participação feminina nas mais diferentes áreas.

Nesta edição, entrevistamos uma das mulheres mais influentes da área da Saúde, a diretora-superintendente do Hospital Beneficente da Unimar, Márcia Mesquita Serva Reis.

A gestora revelou que as mulheres ocupam 73% dos cargos estratégicos e de lideranças do HBU e contou os desafios de gerenciar um quadro expressivo de colaboradores, pensar em programas e ações voltada para Marília e região.

Hospital Beneficente da Unimar cresceu durante sua gestão (Foto: Divulgação)

Ping-Pong

Desde quando está a frente do Hospital Beneficente da Unimar? Quais eram os desafios da época?

Há 20 anos trabalho no Hospital, iniciei como estagiária da consultoria Albert Einsten que foi quem iniciou a Gestão do Hospital da Unimar em setembro de 2000 e com finalização da consultoria em 2002, assumi a Gestão administrativa e hoje estou como Superintendente da Instituição. Quando iniciei os principais desafios foram: ocupação do hospital e a dificuldade em atender a população carente, pois não tínhamos credenciamento e a falta de credibilidade para atrair médicos, por ser um hospital novo entre outros…,foram muitos desafios, e um déficit financeiro enorme.

Em algum momento teve sua autoridade ou conhecimento questionados por ser mulher?

Quais foram as mudanças e melhorias promovidas no HBU? No inicio tive bastante dificuldade em ser respeitada, pois era muito jovem e mulher, mas com muito trabalho, estudos e a persistência que é “nato” da mulher consegui ganhar a confiança dos nossos colaboradores e transformei a Instituição numa Associação Filantrópica, conquistamos o credenciamento SUS, ampliamos nossos leitos, sempre buscando um atendimento Humanizado e focado sempre nas pessoas e não somente nas doenças e a principal a ação realizada por mim nesses 20 anos, foi transformar os colaboradores do Hospital numa grande família que “quer fazer o bem, não importa a quem”.

Existe algum tipo de política para inserção de mais mulheres na área da Saúde ou o acesso/equiparação já é uma realidade?

Aqui no HU a política de contratação é crescimento por meritocracia e acreditando que essa política é a mais justa, hoje nosso quadro de funcionários a grande maioria são mulheres pois com relação ao cuidado, sabemos que é da própria natureza da mulher, pois tem sensibilidade mais apurada.

Quais são as novidades do HBU para 2020?

Iniciamos o projeto de transformação digital do Hospital, do qual a meta é em dois anos, Hospital sem papel e em seis meses todas as informações dos pacientes estarão no meio eletrônico e com isso facilitaremos o trabalho burocrático e toda equipe assistencial, para que a mesma tenha ainda tempo no cuidado do paciente.

-Projeto sustentabilidade ambiental, com a implantação da nossa Usina Fotovoltaíca que garantirá energia elétrica para os nossos projetos.

-Inauguração da primeira fase do Hospital Oncológico de Marília, e esse virá não só para tratar do câncer, mas o grande foco será tratar as pessoas que adoecerem pelo câncer. Estamos investindo em equipamentos de ponta, em infraestrutura e acima de tudo possamos oferecer profissionais, competentes, pessoas boas que darão o seu melhor!

A gestora completa neste ano 20 anos que trabalha na unidade médica (Foto: JDM)
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Márcia Mesquita Serva Reis colocou Marília no radar nacional da Saúde