O Ministério da Saúde publicou uma nota na última semana atualizando os sintomas conhecidos como “pós-Covid”, um conjunto de condições que se prolongam após um caso da doença causada pelo vírus. A pasta lista alguns sinais já conhecidos, como perda de paladar e olfato, mas também novos, como disfunção erétil e alterações menstruais.
O órgão ainda destaca que não há testes para diagnosticar um caso de Covid longa (quando os sintomas se apresentam por um tempo longo sem outra condição alternativa), e que pessoas do sexo feminino são as mais afetadas.
Sintomas pós-Covid
Na nota atualizada, o Ministério da Saúde detalha alguns sintomas do “pós-Covid”. A lista inclui alguns já conhecidos, como dificuldade de memória e concentração, perda de paladar e olfato, intolerância ao esforço físico, tosse e fadiga.
Alguns dos sinais novos são disfunção erétil e alterações menstruais, além de outras condições que afetam a saúde mental, o sistema gastrointestinal, respiratório, cardiovascular e neurológico.
A lista completa foi publicado no site do Ministério da Saúde.
Casos longos de Covid
Ainda, o Ministério explica que considera que as condições pós-Covid acontecem a partir de quatro semanas depois da infecção inicial pelo vírus SARS-CoV e que os sintomas permanecem a longo prazo mesmo após a fase aguda da doença, sem que haja um diagnóstico alternativo (por exemplo, outra doença que estaria causando os sintomas).
No entanto, a pasta reconhece que não há um consenso sobre isso entre órgãos de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, estabelece que o pós-Covid começa com pelo menos três meses de sintomas recorrentes.
O órgão justifica que segue as definições Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos de um mês, quando já é possível identificar esses casos.
Diagnóstico e incidência
- O Ministério da Saúde lembra que não existe um teste específico para o pós-Covid e que o diagnóstico se baseia na infecção prévia pelo vírus associado a uma avaliação clínica dos sintomas.
- Ainda segundo a pasta, 40% das amostras investigadas com alguma condição pós-covid foram de pessoas do sexo feminino.
- Obesidade é o principal fator de risco, com os sintomas mais comuns sendo dispneia, fadiga e tosse.
- A forma de prevenção é a mesma da Covid-19, para evitar a infecção.