Um estudo realizado em colaboração entre diversas universidades revelou que implantes podem melhorar as funções cognitivas

Um estudo recente mostra que pessoas com lesões cerebrais podem melhorar seu foco e atenção através de estimulação cerebral profunda.

Publicada nesta semana na revista Nature, a pesquisa foi uma colaboração entre diferentes universidades, como a de Stanford, Weil Cornell Medicine e Harvard Medical School.

Os cientistas analisaram lesões cerebrais moderadas e graves de cinco pessoas através de eletrodos implantados em suas cabeças, como informou o New York Times.

Gina Arata, uma das voluntárias que recebeu o implante, sofreu um acidente de carro que a deixou com problemas emocionais e de memória. O incidente mexeu completamente com sua vida, fazendo com que ela desistisse de estudar direito.

Após 18 anos do acidente, Arata recebeu o implante e considera que sua vida mudou completamente. “Posso ser um ser humano normal e conversar. É incrível como me vi melhorar”, disse.

Segundo os pesquisadores, todos os participantes que sofreram lesões cerebrais conseguiram recuperar pelo menos algumas das funções cognitivas.

Como funciona o implante?

Como relata o FierceBiotech, o dispositivo de neuroestimulação foi implantado para ativar o núcleo lateral central do tálamo, que transmite sinais por todo o cérebro. Essa área do cérebro é responsável pela consciência do corpo. Por isso, lesões podem prejudicar gravemente a cognição de uma pessoa.

Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi/Olhar Digital

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Nova tecnologia pode mudar a vida de pacientes com lesões cerebrais