O implantodontista Carlos Sanches fala sobre as técnicas mais avançadas atualmente
Para acompanhar as mais avançadas técnicas dentre especialidades odontológicas de grande procura, como a Implantodontia e a Odontologia Estética, a D Marília entrevistou o especialista Carlos Sanches, um dos principais profissionais da área de Odontologia de Marília e é o atual presidente da APCD – Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. O implantodontista é também especializado em transplantes e enxertos ósseos e atua há 27 anos no Centro de Estética Odontológica, que traz especialista, além da Implantodontia, Prótese sobre Implantes, toda a parte de cirurgias, transplantes e enxertos ósseos, Odontologia Estética, Harmonização Facial, Endodontia (tratamento de canal), Odontopediatria, Cirurgia Bucomaxilofacial e Dentística (restaurações). Confira a seguir trechos da entrevista, concedida originalmente para a TV D Marília.
D Marília: A Odontologia evolui muito nestes anos. Hoje há recursos que permitem a programação de procedimentos?
Carlos Sanches: Trabalhamos já há algum tempo com a Odontologia guiada, que nos permite realizar cirurgias guiadas de implante, o que se reverte em menor risco e uma precisão muito maior. É feito um planejamento com base em tomografias e escaneamento bucal do paciente. Unimos essas imagens e, após todo o plano, conseguimos instalar o implante na posição espacial ideal. Isso contribui para que se torne um procedimento menos invasivo, mais rápido, simples e eficiente. O resultado é melhor porque temos um planejamento reverso, verificando antes qual é a posição ideal do implante. Fazemos uma previsão de como ficará a oclusão, estética e função do paciente, tudo isso antes de realizar a cirurgia.
DM: E o paciente também pode visualizar esses possíveis resultados?
CS: Todo o planejamento é apresentado ao paciente. É feita uma consulta prévia, quando solicitamos os documentos, exames. E então antes de fazer a cirurgia é passado a ele como deverá ficar. Inclusive na Odontologia Estética é possível realizar todos esses passos com recursos de DSD (Digital Smile Design), que é o que chamamos de planejamento do sorriso. Então, a pessoa consegue visualizar o tratamento antes de realizá-lo. Com isso, conseguimos corrigir alguns possíveis problemas, principalmente na parte estética, porque é previsível. O paciente consegue visualizar como seu sorriso poderá ficar antes de realizar o tratamento, o que o deixa muito mais seguro. Ele vê os resultados digitalmente, com uma projeção de fotos em 3D e vídeos de como ficariam os dentes previamente. A partir de então é feito um mock up, que chamamos de “test drive”, no qual a pessoa vai testar em sua própria boca como ficará o resultado para constatar se vai se sentir confortável e segura com a nova aparência dos dentes, para daí então realizar o procedimento de fato. Nessa etapa é possível inclusive escolher a tonalidade das facetas e lentes de contato. Tudo isso é visto previamente, fazemos a pré-visualização e todo o planejamento para reduzir as chances de insucesso. Quando temos esse planejamento em mãos, podem surgir alguns imprevistos, mas é muito mais descomplicado de sanar. Há mais segurança, uma qualidade melhor no tratamento e um resultado, claro, muito melhor.
DM: Na implantodontia isso também ocorre?
CS: Sim, também. É um tratamento muito seguro, pois fazemos o planejamento com base em imagens de tomografias e escaneamento, sobrepondo imagens. Para o profissional é muito seguro, pois reduzimos o risco de erro, se torna muito mais preciso; e para o paciente é muito mais confortável, com uma cirurgia menos invasiva e um pós-operatório muito mais tranquilo.
DM: É possível então avaliar a parte óssea e se preparar para um enxerto, se necessário? Há menos imprevistos e mais rapidez?
CS: Sim, antes trabalhávamos com a radiografia panorâmica, um exame válido, mas limitado, pois não nos oferece uma imagem tridimensional. Ela nos dá uma imagem em 2D, com noção de altura, mas sem espessura. A tomografia nos permite abrir a imagem no computador, conseguimos visualizar todas as medidas, simular a colocação do implante, e depois imprimimos um guia que é encaixada na boca do paciente, de forma bem precisa, permitindo visualizar a posição na qual os implantes serão inseridos, sem risco de divergências do que foi planejado.
Tivemos inclusive o caso de uma senhora que veio de Salvador passar as férias na casa da irmã. Ela se consultou para fazer um preenchimento labial e decidiu fazer suas lentes de contato dentais também. Então fizemos todo o planejamento em dois dias e a execução em cinco dias, com todos os preparos. Inclusive ela tinha um implante de porcelana e foi necessário refazer essa prótese, e em uma semana concluímos todo o tratamento com lentes, facetas e coroas de porcelana.
DM: E o botox, como está essa questão da aplicação na Odontologia? Há uma discussão entre a classe médica sobre a aplicação pelo cirurgião-dentista, mas o dentista é um profissional que entende muito sobre enervação facial, não é mesmo?
CS: Na realidade, a Odontologia já trabalha há muitos anos com a harmonização facial e agora passou a ser uma especialidade odontológica. Até então a Odontologia trabalhava com preenchedores e com a da toxina botulínica, conhecida popularmente como botox, mas era com o uso terapêutico. Do ano passado para cá foi feita a legislação e a Harmonização Facial passou a ser uma especialidade odontológica, e isso nos permite aplicar estes produtos com finalidade estética. Trabalho nessa área há mais de seis anos, até então fazendo mais a parte reparadora, e agora mais também com a harmonização. Entendemos que não adianta fazer lentes de contato e porcelanas lindas. Em alguns casos é preciso trabalhar a gengiva, os lábios, o rosto da pessoa. Isso é o que chamamos de harmonização entre face e dentes.