Todas as idades podem ser contempladas por tratamento ortodôntico, contudo, é mais comum que o uso do aparelho seja associado diretamente à infância e adolescência. No entanto, a necessidade do aparelho não está totalmente restrita a essa fase da vida. A cada dia, mais pessoas na idade adulta têm feito tratamentos para corrigir as posições dos dentes. Segundo o cirurgião-dentista Ricardo Horliana, membro da Câmara Técnica de Ortodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), muitos adultos não tiveram a oportunidade de corrigir as posições dos dentes enquanto jovens ou, mesmo recebendo tratamento, observam os dentes movimentando e comprometendo tanto a função mastigatória como a estética do sorriso. “O aparelho ortodôntico no paciente adulto é totalmente viável e é realidade há décadas. Ter um sorriso bonito e harmonioso é um importante sinal de boa saúde, entre outros aspectos importantes e que impactam o relacionamento humano”, afirma.
É possível considerar, sob o ponto de vista da prevenção, que a faixa etária ideal para corrigir algum problema de má oclusão seja dos 3 aos 10 anos de idade. Mas Horliana explica, contudo, que, mesmo em idades avançadas, o tratamento ortodôntico é viável, mas merece atenção especial. “A resposta biológica em um paciente adulto é diferente de um paciente em crescimento. Uma questão importante diz respeito à condição da saúde bucal do paciente, que muitas das vezes requer avaliação de mais especialidades e que, dependendo do problema apresentado, é necessário seguir a hierarquia de abordagens e procedimentos. Outro fator de atenção é a condição de saúde geral do paciente, que deve ser avaliada e considerada, como por exemplo, os casos de pacientes diabéticos não controlados e que podem apresentar o risco de microangiopatias”, orienta.

Avaliação do ortodontista é essencial na hora da escolha do aparelho
O tipo de aparelho ortodôntico depende da necessidade de cada caso. Segundo o cirurgião-dentista, entre os aparelhos é possível destacar os fixos (que são colados nos dentes) e que podem ser instalados, tanto na parte da frente dos dentes como na parte de trás e os aparelhos removíveis, com destaque aos alinhadores ortodônticos.
“Todos os sistemas de aparelhos possuem aspectos positivos e negativos. Os alinhadores ortodônticos são recursos que podem ser removidos pelos pacientes e oferecem o benefício de melhor estética, ou seja impactam menos na estética do sorriso do paciente, bem como maior conforto especialmente por serem removidos durante as refeições. Já os aparelhos ortodônticos corretivos fixos podem ser metálicos ou estéticos (cerâmicos) e possuem discreto impacto na estética do sorriso do paciente. Ambos os sistemas (alinhadores ou aparelhos fixos) podem oferecer excelentes resultados, mas que dependem da indicação correta do cirurgião-dentista ortodontista.”

Sobre o CRO-SP
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com mais de 145 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária. Mais informações: www.crosp.org.br

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Ortodontia em adultos: existe idade para cuidar do sorriso?