“A pandemia é uma grande oportunidade para repensar e reimaginar a medicina, e passar do tratamento de doenças para garantir cuidados de saúde”, disse Daniel Kraft, cientista das universidades de Stanford e Harvard, e palestrante principal no evento “Celebrate Life:Science Changes Our Lives”. O encontro reuniu os principais especialistas em saúde da América Latina e do mundo, para discutir como realizar ciência, e o que deve ser reformulado após uma pandemia que questionou a forma de trabalhar com saúde no mundo.
No evento, e por ocasião do aniversário de 125 anos da Roche, Daniel Kraft falou sobre como a tecnologia determinará o futuro da Saúde nos próximos anos. Também estava presente no local Rolf Hoenger, chefe da Roche Pharma para a América Latina; Marilú Acosta, Mestre em Saúde Pública e Promoção da Saúde pelo Instituto Henri Poincaré, na França; André Medici, Economista de Saúde Social e Internacional em Washington DC; e Antonio Vergara, Chefe da Roche Diagnóstica para a América Latina.
“Queremos celebrar o quão longe chegamos como humanidade nos últimos 125 anos graças à ciência. A ciência está constantemente mudando nossas vidas. Isso se deve às mentes curiosas que buscam melhoria contínua em todos os aspectos da vida”, disse Rolf Hoenger, antes da realização deste evento.
Na conversa, os expositores e palestrantes concordaram que a tecnologia será capaz de entregar muitas respostas para revalorizar o setor de saúde. Um smartwatch, um oxímetro, um termômetro ou qualquer objeto para medir os indicadores do nosso corpo parecem ser a chave para a saúde do futuro. Daniel Kraft ressaltou que “o futuro de um hospital não é mais como o conhecemos, mas mais como um hospital em casa”. Com isso, Kraft enfatizou que a tecnologia, por meio de múltiplos dispositivos, permitirá que as pessoas atendam à sua saúde em um momento diferente, onde muitas vezes será possível resolver problemas de acesso a um sistema de saúde que em várias ocasiões não é distribuído de forma homogênea.
Isso abre uma janela cheia de oportunidades e possibilidades de pensar sobre o setor de uma nova forma. Kraft, em sua palestra, nos convidou a refletir sobre como a saúde pode ser melhorada, antes que a doença apareça, através de dispositivos que possam detectar sinais em nosso corpo, e que possamos visualizar e controlar antes de acessar uma consulta médica, que muitas vezes foi saturado em episódios de pandemia.
Por outro lado, Marilú Acosta ressaltou que a tecnologia proporcionará às pessoas capacitação para terem maior controle de sua saúde. “Se lembrarmos de como é importante manter as pessoas saudáveis em cada uma de suas individualidades, teremos uma comunidade melhor em todos os aspectos. Isso permitirá que a saúde volte às mãos dos pacientes”, enfatizou durante o evento.
André Medici, por sua vez, enfatizou que os países devem priorizar a saúde para direcionar o desenvolvimento de suas localidades. “A pandemia colocou a saúde no centro da economia. Hoje, pelo menos os governos estão cientes disso, mas é preciso avançar um pouco mais, e mostrar como o valor pode ser gerado na saúde”, disse o economista.
Além disso, o papel dos governos se tornará muito importante na promoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável, dos quais a universalização da cobertura em saúde é um dos objetivos. “Para atender a essas perspectivas, é necessário que os países coloquem a saúde no centro de seus processos econômicos”, disse Medici.
Desafios e oportunidades
pós-pandemias
Enquanto isso, Antonio Vergara enfatizou que a pandemia trouxe uma série de desafios de todos os tipos, econômicos, sociais e de saúde. No entanto, “uma coisa boa trouxe: ela evidecou e destacou o valor do diagnóstico como tal”, acrescentou. Com isso, Vergara fez questão de enfatizar como a ciência e a tecnologia devem redirecionar sua forma de agir, orientando-se para um diagnóstico personalizado. “Isso terá a capacidade de apoiar a sustentabilidade dos sistemas de saúde na América Latina, melhorando o custo de efetividade na assistência à saúde e contribuindo para sociedades mais saudáveis e produtivas”, disse.
O desafio futuro, segundo Hoenger, será focado em como pensar além do convencional, e buscar novas formas de desenvolver a ciência. “A inovação na ciência é a base para cuidar e melhorar algo que todos valorizamos em nossas vidas – a saúde. Mas também acredito que a pandemia nos mostrou que sem saúde não há crescimento econômico e sem uma economia forte não há um bom desenvolvimento na saúde. Há uma forte relação entre saúde e economia”, concluiu o diretor da Roche LATAM.
“Celebre Life:Science Changes Our Lives” foi transmitido através das mídias sociais da Roche Latam, bem como em seu site.

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“Os hospitais não serão mais como os conhecemos” Especialistas em saúde lançam luz sobre como a medicina será após a pandemia
Evento "Celebrate Life: Science Changes Our Lives" foi transmitido gratuitamente para toda a América Latina e Caribe de forma virtual.