Tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, alterações na fala e instabilidade postural. Esses são apenas alguns dos sintomas da doença de Parkinson — condição progressiva do sistema nervoso central. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que a doença atinja de 1 a 2% da população mundial acima dos 65 anos. No Brasil, esse número chega à marca de 200 mil pessoas com o diagnóstico, conforme dados do Ministério da Saúde. Apesar da doença não ter cura, uma pesquisa realizada pelo Departamento de Neurologia da Universidade de Atenas, na Grécia, apontou que a massagem ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes com a patologia.
Durante o estudo, os cientistas revelaram que sintomas motores e não motores, como distúrbios do sono, dor, fadiga e ansiedade, foram aliviados a partir da associação da medicina convencional e massagens terapêuticas. A pesquisa traz o resultado de duas análises feitas com pacientes com doença de Parkinson. O primeiro deles, avaliou dezesseis pessoas em estágio inicial da doença que foram submetidas a massagem no corpo inteiro durante trinta minutos, duas vezes por semana, durante cinco semanas. O grupo apresentou redução dos distúrbios do sono e dos hormônios do estresse na urina (epinefrina e norepinefrina). O outro grupo era formado por cinco pacientes que receberam sessões semanais de quarenta e cinco minutos durante oito semanas. Esses pacientes apresentaram melhora na caminhada, atividades do dia a dia e movimentação de braços e pernas, bem como aumento da sensação de bem-estar.
A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo deliberativo caracterizado por sintomas motores e não motores, como bradicinesia, rigidez e tremor de repouso. A fisioterapeuta Ana Martha Dian, autora de uma técnica exclusiva de massagem holística para tratamento de doenças crônicas e emoicionais, a massagem TopCorpus, explica que esses sintomas deixam as pessoas que sofrem com a doença mais lenta. “Os movimentos do paciente começam a ficar mais lentos e isso diminui a qualidade de vida”, ressalta.
A especialista ainda ressalta que os tratamentos do Parkinson promovem apenas alívio sintomático. “É aí que a massagem entra como uma grande aliada. Ela melhora a qualidade de vida do paciente, pois ela consegue reduzir sintomas como a rigidez, diminuindo as dores, e melhorando a capacidade motora”, afirma.
A especialista lembra ainda que a terapia ajuda no trabalho de quem cuida da pessoa com Parkinson. “Geralmente, esquecemos do cuidador do paciente, que fica estafado pela dificuldade dos movimentos que a pessoa que sofre da doença possui. Quando o paciente melhora, o seu trabalho também melhora”, esclarece. Segundo Ana Martha, a massagem é benéfica em qualquer estágio da doença. “O ideal é realizar uma sessão da terapia por semana e iniciar o tratamento logo após o diagnóstico”, finaliza.
Sobre Ana Martha Dian (@massagemtopcorpus):
Ana Martha é fisioterapeuta pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Possui especialização em Gestão de Clínicas e Spas, técnico em Administração, Pós-Graduação em Fisioterapia Dermatofuncional e aprimoramento em reabilitação pós-operatório de cirurgia plástica. Atualmente, mora em São José dos Campos, no interior de São Paulo, e é professora da Pós-Graduação em fisioterapia dermatofuncional da Universidade Anhembi Morumbi.
A paulista é a criadora do curso TopCorpus, onde ensina, dentre outras, a técnica de massagem TopCorpus, com base holística e que envolve os cinco sentidos do paciente (paladar, olfato, visão, tato e audição). O método é direcionado para o alívio de sintomas de doenças emocionais e crônicas, como depressão, fibromialgia e ansiedade, além de fazer uso de técnicas com toque delicado, completamente diferente das usualmente utilizadas nas massagens tradicionais. Já formou mais de 8400 pessoas com seu curso de massoterapia e hoje é uma das principais fisioterapeutas do Brasil.