Novo método utiliza-se inteligência artificial (IA) e é mais barato; confira
Pesquisadores da Unicamp desenvolveram exame mais preciso e acessível para prevenção de infartos. Segundo o Ministério da Saúde, o infarto causa cerca de 400 mil mortes por ano no Brasil. A principal causa dessa condição é a aterosclerose, caracterizada pela formação de placas de gordura nas artérias, impedindo o fluxo sanguíneo para o coração.
Essas placas se formam por diversos fatores, tais como tabagismo, pressão alta, diabetes, má alimentação e obesidade.
Exame inovador
“Esse depósito de gordura se manifesta como derrame ou infarto, e metade desses indivíduos não consegue chegar no hospital, morrendo antes mesmo de serem atendidos”, diz Andrei Sposito, professor de cardiologia e coordenador da pesquisa da Unicamp.
O que estamos vendo é uma artéria que está aqui no pescoço, que é muito fácil de você acessar. Mas, olha que legal: consigo, a partir daqui, talvez, imaginar o que está acontecendo sem precisar ver o coração.
Wilson Nadruz Junior, professor de Cardiologia da Unicamp, em entrevista ao g1
- Conforme o g1, o estudo da Unicamp destaca que o acúmulo de placas de gordura nas carótidas, as artérias que levam sangue ao cérebro, está diretamente relacionado ao maior risco de infarto;
- Com base nessa descoberta, os pesquisadores da Unicamp criaram tecnologia, baseada em inteligência artificial (IA), capaz de identificar precocemente essas placas de gordura, utilizando o próprio equipamento de ultrassom disponível nos hospitais;
- Essa inovação é essencial para a prevenção do infarto, pois permite identificar a formação das placas de gordura já em estágio inicial, o que facilita o tratamento e reduz o risco de complicações cardiovasculares;
- Com isso, espera-se que o exame se torne mais acessível, sendo opção mais barata e eficiente para diagnóstico.
Quando você tem a placa de gordura, você está caminhando para um infarto, você está desenvolvendo a doença que vai gerar o infarto. Então, no momento que detectamos isso, um cuidado médico, com mudança do estilo de vida, medicações quando apropriado, pode paralisar esse processo e até regredir isso. Essa é oportunidade de ouro antes que aconteça um evento mais grave.
Andrei Sposito, professor de cardiologia e coordenador da pesquisa da Unicamp, em entrevista ao g1
Essa descoberta da Unicamp representa avanço importante no campo da medicina no Brasil, oferecendo solução inovadora para a prevenção do infarto e podendo salvar milhares de vidas todos os anos.
Por Rodrigo Mozelli
