O doutor em fisiopatologia e professor universitário do campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Marília, Vitor Engrácia Valenti, divulgou um estudo mostrando que o município teria 2.260 pessoas infectadas pelo Covid-19 (Novo Coronavírus), caso a Prefeitura de Marília não tivesse adotada nenhuma medida protetiva para conter a pandemia.

A projeção de contaminação em Marília com base no Imperial College, uma das mais respeitadas instituições internacionais que se debruça sobre o avanço do coronavírus, tem como base um cotidiano normal, sem quarentena, contingenciamento, medidas preventivas e fluxos normais no comércio, serviços e nas escolas.

No final de abril, o mesmo Imperial College, em estudos e análises, havia anunciado que o Brasil apresentava a maior taxa de contágio do mundo. Vinte dias depois, o país registrou num só dia 1.179 mortes naquele mesmo dia, 19 de maio, o coronavírus matou mais que doenças cardiovasculares (980 óbitos), câncer (624), doenças respiratórias (425) e causas externas, incluindo acidentes, trânsito, suicídio e homicídios (412).

Caso Marília não tivesse adotado a quarentena e nem o isolamento social, bem como as demais medidas restritivas fechamento do comércio, restrições de acesso e cancelamento de viagens – a cidade iria registrar em 19 de maio 2.300 contaminações.

Naquela oportunidade, Marília tinha 38 casos confirmados, correspondendo a uma taxa de 16 casos por 100 mil habitantes. “Pessoas internadas, seguindo Imperial College of London sem medidas preventivas: 2.300”, informou o pesquisador.

Portanto, é possível afirmar que, a quarentena e o isolamento evitaram 2.260 contaminações. Incluindo Marília, as cinco maiores cidades desta parte do Estado de São Paulo – as outras são Bauru, Botucatu, Ourinhos e Assis -, se não tivessem com quarentena e restrições, teriam juntas quase 9 mil infectados: 8.972 pacientes, exatamente.

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Quarentena evitou 2.260 infecções do  Covid-19 em Marília, diz pesquisador