As fortes chuvas que estão atingindo o País desde dezembro provocaram enchentes em 11 estados brasileiros, sendo que a situação mais crítica é na Bahia. Devido às tempestades, milhares de famílias ficaram isoladas sem acesso à água potável para necessidades básicas, como beber, tomar banho e cozinhar. A situação é crítica já que expõe crianças e adultos a vírus, bactérias e metais pesados causadores de graves problemas à saúde que, inclusive, podem levar à morte.
 

Diarreia, náuseas, mal-estar, febre alta e calafrios são os sinais comuns de quadros virais, mas, agora não podem ser ignorados, já que também são sintomas de leptospirose, hepatite A, diarreia bacteriana e febre tifoide. Doenças essas que, anualmente, levam 15 mil pessoas à morte no Brasil — dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
 

No atual cenário, o que mais me preocupa é o alto risco de que essas estatísticas avancem nas próximas semanas, caso não haja a implementação de medidas preventivas emergenciais por parte das autoridades.
 

Por exemplo, é fundamental garantir o reforço de insumos e equipes de saúde primária nos locais identificados como pontos críticos de alagamentos. Além disso, vale ressaltar que, em desastres naturais, é essencial agir rápido para prevenir a contaminação da doença em si.
 

Especialmente em caso de enchentes e alagamentos, como ocorre nos quatro cantos do País neste momento, a solução deve ser um sistema de filtragem que seja prático, eficiente, de baixo custo, capaz de ser transportado facilmente e que atenda às Diretrizes Nacionais de Vigilância em Saúde.
 

Neste sentido, a tecnologia deve ser considerada uma grande aliada. Isso porque, já existem purificadores no mercado que preenchem todos os pré-requisitos elencados, inclusive, capazes de purificar até 5.000 litros de água contaminada por dia. Com o recurso, como o caso do PW5660, que criamos na PWTech, é possível atender até 100 pessoas, se considerarmos que cada uma utiliza, em média, cerca de 50 litros ao dia para beber, tomar banho, cozinhar, entre outras coisas.
 

Em um momento tão delicado, as autoridades governamentais precisam ter em mente que a união de forças com iniciativas privadas são extremamente eficazes e podem evitar ainda mais fatalidades por conta de saneamento precário. Essas alternativas podem ser rapidamente implementadas para ajudar a população e já estão prontas para esse atendimento rápido.

*Maria Helena é cofundadora da PWTech, startup brasileira com várias premiações, voltada para purificação de água contaminada

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Saneamento precário: água contaminada de enchentes causa doenças que levam à morte, mas há alternativas
No atual cenário, o que mais me preocupa é o alto risco de que essas estatísticas avancem nas próximas semanas, caso não haja a implementação de medidas preventivas emergenciais por parte das autoridades.