Mesmo com a logística montada para o enfrentamento à Covid-19, a Santa Casa de Misericórdia de Marília mantém números expressivos de atendimentos a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em especialidades médicas como Oncologia, Cardiologia, Ortopedia, Nefrologia e outras.
“Temos uma gestão responsável de agenda e de fluxos. Além disso, nos preocupamos com o cuidado e com a segurança do paciente. Este trabalho desenvolvido pelo hospital reflete uma exposição menor aos riscos”, enfatizou a diretora técnica da Santa Casa de Marília, Ismênia Torres.
Durante o último mês de maio, foram realizados 207 procedimentos cirúrgicos através do SUS, sendo 79 na área de Oncologia, 47 de Ortopedia, 37 de Cardiologia e 44 de outras especialidades. Em abril, foram 212 procedimentos cirúrgicos pelo SUS, sendo 97 em Oncologia, 23 em Ortopedia, 17 em Cardiologia e 75 de especialidades médicas diversas.
Um gerenciamento das consultas médicas na área oncológica vem sendo feito para evitar que o paciente vá ao hospital sem que haja necessidade.
“Cerca de 20% dos nossos atendimentos estão sendo feitos através de contato telefônico, fazendo parte do nosso plano de fluxo de redução de danos, tendo em vista a pandemia Covid-19. Mas é bom destacar que isso acontece apenas com aqueles pacientes clinicamente estáveis, com a doença sob controle”.
A quantidade de sessões de quimioterapia apresenta números superiores ao mesmo período de 2019. Média de 680 procedimentos para aplicação de medicamentos intravenosos foram registradas em abril e maio deste ano contra 640 do ano passado.
Procedimentos de hemodiálise para pacientes renais crônicos também mantiveram números expressivos. Em maio deste ano, foram 2.470 procedimentos e em abril 2.539, sendo que mais de 90% destes procedimentos são realizados via SUS (Sistema Único de Saúde).
A Santa Casa de Marília tem hoje no serviço de hemodiálise 59 máquinas e 225 pacientes em tratamento hemodialítico, sendo 210 do SUS. Na terapia renal conservadora (diálise peritonial e diálise peritonial ambulatorial contínua) não é muito diferente.
São, no total, 92 pacientes destes ambulatórios, que passam por consultas especializadas, com equipe multidisciplinar, exames e diálise propriamente dita. Há ainda 92 pacientes em acompanhamento contínuo pós-transplante renal aqui realizados pelo Sistema Único de Saúde.
Os procedimentos ortopédicos de alta complexidade também se mantiveram no caráter emergencial, uma vez que a Santa Casa de Marília é referência na especialidade pelo SUS, recebendo pacientes regulados pela CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde).
O mesmo se aplica aos atendimentos em cardiologia clínica, cirúrgica e intervencionista, com 293 consultas realizadas em maio e 170 em abril. Em maio, foram 37 cirurgias cardíacas e em abril 17, além de 111 procedimentos em cardiologia intervencionista (cateterismo, angioplastia) em maio e 96 em abril, além de 26 implantes de marcapasso.
De acordo com o superintendente assistencial do hospital, Márcio Mielo, o importante é a realização destes atendimentos sempre primando pela segurança dos pacientes e dos profissionais.
“Adotamos uma série de medidas para garantir a manutenção do atendimento das especialidades médicas que requeiram um olhar diferenciado do ponto de vista da prioridade do atendimento e ao mesmo tempo mantendo toda a logística montada para receber os pacientes de Covid-19”.
Referência no atendimento Covid-19
Vale destacar que a Santa Casa de Marília é referência no atendimento à Covid-19 em Marília e região para pacientes encaminhados via regulação da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde do Governo do Estado.
A unidade hospitalar faz parte do sistema organizado no município para receber os pacientes com suspeita ou confirmação do Coronavírus. É bom ressaltar que a Secretaria Municipal da Saúde elegeu 10 unidades básicas para fazer o primeiro atendimento a pacientes com suspeita de Covid-19.
Além disso, a cidade conta com Pronto Atendimento na Zona Sul e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na Zona Norte para absorver esta demanda inicial.
A Santa Casa também fica responsável pelos pacientes atendidos em seus ambulatórios SUS que venham apresentar sintomas da doença e quando isso acontece, os mesmos buscam diretamente o Pronto Atendimento da Santa Casa de Marília.