SRAG, pneumonia e outras doenças respiratórias mataram mais de 250 mil pessoas em 2019 no Brasil
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é a maior responsável pelas complicações fatais envolvendo o Covid-19, porém ela não é proveniente apenas desse vírus pandêmico. A SRAG atingiu muitas pessoas antes do coronavirus, e é um fator preocupante. Em um panorama geral, em 2019, essa síndrome e outras doenças respiratórias, como pneumonia, insuficiência respiratória e demais que não foram conclusivas, mas provenientes do trato respiratório, mataram mais de 250 mil pessoas, segundo dados do Portal da Transparência. Será que os médicos estão realmente preparados para diagnosticá-las e trata-las?
Felipe Magalhães, diretor científico do Jaleko, plataforma de streaming voltada aos conteúdos que ajudam na formação de estudantes de medicina, fala sobre a importância de algumas questões didáticas para que os futuros médicos identifiquem o que é necessário nestes casos.
“O aluno de medicina e o jovem médico precisam estar atentos para as condições clínicas e doenças associadas desses pacientes. Além de preparados para tomarem condutas rapidamente, pois os pacientes com doença respiratória podem piorar de forma muito rápida”, afirma Magalhães.
Para tratar essas doenças de forma eficaz, é necessário que os estudantes tenham em mente alguns pontos:
• Diagnóstico precoce: não considerando a SRAG por covid-19 que não possui tratamento precoce atualmente, as demais causas quanto mais rápido perceberem o quadro clínico, melhor será para o paciente e a evolução para o óbito torna-se menos provável por iniciar tratamento mais cedo.
• Orientação: estimular os pacientes a reduzir ou eliminar o uso do tabaco e a adotar hábitos que evitem a poluição do ar em ambiente interno e ocupacional.
• Monitoração: utilizar todos os recursos possíveis para a monitorização da incidência, prevalência e gravidade de doenças respiratórias.
• Alertas: médicos devem constantemente alertar seus pacientes sobre as doenças respiratórias sazonais, sobre outras enfermidades que podem levar a esse quadro e sobre os cuidados que as pessoas com doenças crônicas no trato respiratório devem ter.
• Pesquisas: incentivar e participar de pesquisas em seu âmbito para que possam desenvolver programas, ferramentas e estratégias para prevenção e tratamento.
Por acreditar que pilares como esses funcionam como propulsores para que os futuros médicos estejam sempre atentos, o Jaleko criou uma gama de cursos, palestras e apostilas virtuais para que os estudantes tenham todos os recursos e conhecimento para combater as Doenças Respiratórias.
Felipe Magalhães é médico e diretor científico do Jaleko, graduado na UFF- Universidade Federal Fluminense, com residência clínica médica no Hospital Adventista Silvestre e residência em nefrologia na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é também coordenador da comissão de residência médica do Hospital Federal da Lagoa.