Após participar da Macrorrueda 90, rodada de negócios realizada no fim de março e início de abril na Colômbia, a Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, anuncia que recebeu 24 propostas comerciais de empresas globais no evento. Desse total, três estão em adiantada fase de análise e podem ser efetivadas em breve.
Segundo Fabrizio Postiglione, fundador e CEO da startup, todas as propostas recebidas foram de empresas e indústrias que querem investir mais no mercado da América Latina e que enxergam a região como um grande potencial comercializador da cannabis.
De acordo com o executivo, o evento contou com investidores de todo o mundo, com maior predominância dos Estados Unidos. Poucas empresas brasileiras estavam presentes na rodada.
Em relação ao cenário da cannabis na Colômbia, Fabrizio aponta que os formatos de comercialização da planta permitidos no país são nas indústrias de cosméticos, alimentos, bebidas e têxteis, sendo que o Governo está visando a regulamentação do uso da substância no setor farmacêutico e industrial.
Com base em suas vivências durante a viagem, Fabrizio disse ter tido uma percepção de que a Colômbia está se movimentando para ter o Brasil como um parceiro comercial e de consumo, especialmente pelo Brasil ter potencial de ser um dos maiores mercados da América Latina e do mundo.
Sobre as principais diferenças entre o mercado de cannabis colombiano e o brasileiro, o fundador da Remederi afirma: “Eu percebo que hoje a Colômbia está no começo do funil, por exemplo, eles iniciaram podendo cultivar, extrair e exportar a cannabis e o Brasil começou sem poder cultivar, extrair ou preparar o produto final, porém conseguindo comercializar os medicamentos finais”.
Comparando os dois países, um dos pontos mais positivos é que o Brasil iniciou a regulamentação da cannabis com uma base muito forte em cima da ciência, dominando primeiro os benefícios da planta no âmbito médico para depois flexibilizar para outras vertentes.
“No momento estamos focados em fortalecer nossa atuação farmacêutica, pois é a forma como o médico responde bem, mas estamos aguardando novos passos na regulamentação para atingir novos mercados relacionados à planta” comenta Postiglione.
Com o aquecimento do setor da cannabis no mundo, o mercado brasileiro pode atrair cerca de US$ 30 bilhões até 2030 com a sua utilização para a fabricação de medicamentos e como insumo em diversos ramos da indústria, segundo dados do Euromonitor.
Além disso, estima-se que no Brasil mais de 18 milhões de pacientes podem fazer uso terapêutico da planta, concentrando apenas as 10 patologias mais comuns, como ansiedade, insônia, dor crônica, epilepsia, autismo, alzheimer, parkinson, esclerose múltipla e sintomas de quimioterapia.
“Estima-se que o Brasil será um dos maiores players globais de cannabis medicinal por uma série de razões. Primeiro pelo tamanho da população, pela atuação do SUS, que já vem trabalhando para incorporar a medicação em seu sistema, e, claro, pela diversidade de uso que o produto oferece”, finaliza
Sobre a Remederi
A Remederi é uma farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. Com qualidade e produtos certificados, produzidos com selo GMP (de boas práticas de fabricação) e ISO 17065, oferece às pessoas acesso à terapia canabinóide, de forma simples, segura e fácil.
A empresa possui também o Instituto de Ensino e Pesquisa Remederi, que promove cursos com objetivo de educar profissionais da saúde a respeito de medicamentos à base de canabidiol. Com sede em São Paulo, atualmente conta com um time de mais de 25 colaboradores e prestadores de serviços. Mais informações nos canais sociais: Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube;

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Startup brasileira de cannabis medicinal recebeu mais de 20 propostas em rodada na Colômbia
Ao todo, a farmacêutica Remederi, atraiu 24 propostas na Macrorrueda 90, destas, 3 estão em análise e podem ser efetivadas