
Saiba mais sobre o que acontece dentro do cérebro em cada instante do dia enquanto se dispara uma verdadeira orquestra neuroquímica e elétrica que molda o modo como o cérebro se porta em sensações, reações e transformações. Da alegria à tristeza, do café da manhã ao exercício físico, o neurocirurgião, neurocientista e professor livre-docente da USP Dr. Fernando Gomes explica a reação do órgão a cada emoção para entender esses bastidores invisíveis da mente e como funciona a fisiologia cerebral em diferentes situações do cotidiano.
Na alegria
“Há uma liberação de neurotransmissores ligados ao prazer e ao bem-estar, como a dopamina, serotonina e endorfinas. Essa combinação cria a sensação de recompensa, reforça comportamentos positivos e até fortalece o sistema imunológico”, explica Dr. Fernando.
Na tristeza
“A tristeza tem um padrão neuroquímico diferente. Há redução dos níveis de serotonina e dopamina, e a atividade do córtex pré-frontal diminui. Isso afeta nossa motivação e processamento de decisões”, explica o neurocientista.
No estresse
O cérebro entra em modo de alerta. “A amígdala cerebral é ativada e sinaliza o hipotálamo, que libera cortisol e adrenalina. Isso acelera o coração, aumenta a atenção, mas em excesso pode prejudicar a memória, o sono e a imunidade”, destaca.
No trabalho
Foco e produtividade ativam o córtex pré-frontal, região associada ao planejamento, controle inibitório e resolução de problemas. “Se houver prazer na tarefa, há também aumento da dopamina. Mas quando há sobrecarga, o cérebro entra em fadiga mental”, alerta o médico.
Nos estudos
O cérebro entra em modo de neuroplasticidade. “Novas conexões sinápticas se formam, especialmente no hipocampo, que é responsável pela consolidação da memória. Aprender é literalmente transformar o cérebro”, afirma Dr. Fernando.
Ao se alimentar
Além da digestão, há um impacto emocional. “Comer libera dopamina, especialmente se for algo que gostamos. O hipotálamo regula a fome e a saciedade, e o intestino, considerado o ‘segundo cérebro’, também envia sinais importantes para o sistema nervoso central”, revela.
Na academia
“A atividade física melhora o fluxo sanguíneo cerebral, estimula a liberação de endorfinas e até promove a neurogênese — formação de novos neurônios. Por isso, quem se exercita com regularidade pensa melhor, dorme melhor e tem menor risco de depressão”, pontua.
Ao dormir
O sono não é um desligamento, mas sim uma fase crucial para o cérebro. “Durante o sono profundo, o cérebro realiza uma ‘faxina’ com o sistema glinfático, que remove toxinas. Também consolida memórias e regula o humor”, explica o professor.
O cérebro é moldável, responsivo e incrivelmente ativo — mesmo em repouso. Entender como ele reage às emoções e atividades cotidianas é o primeiro passo para viver com mais consciência, saúde e equilíbrio. “Viver bem é, antes de tudo, viver com o cérebro a seu favor”, finaliza o médico.
Sobre Dr. Fernando Gomes
Professor Livre Docente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores.
Há 12 anos atua como comunicador, já tendo passado pela TV Globo por seis anos como consultor fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes (2013 a 2019), por um ano (2020) na TV Band no programa Aqui na Band como apresentador do quadro de saúde “E Agora Doutor?” e dois anos (2020 a 2022) como Corresponde Médico da TV CNN Brasil. Atualmente comanda seu programa Olho Clínico com Dr. Fernando Gomes semanalmente no Youtube desde 2020.
É também autor de 9 livros de neurocirurgia e comportamento humano.
Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas.
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